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Mês: agosto 2012

A Galinha, o Porco e a diferença entre estar envolvido e comprometido

Estavam um dia o porco e a galinha passeando pela fazenda, quando chegou o fazendeiro e lhes propôs um desafio: eles seriam responsáveis por preparar um café da manhã diferente a cada dia da semana pelas próximas duas semanas. No caso de falha, definida pela falta de um cardápio variado em um desses dias, o café da manhã seria preparado pelo próprio fazendeiro que, sem opção, prepararia bacon com ovos para começar o dia.

Estavam ambos motivados, o porco e a galinha, a cumprir a missão e entregar um cardápio diferente a cada dia pelas próximas duas semanas. Nos primeiros dias tudo correu bem, o porco sempre de maneira pró-ativa começava o dia a pensar no cardápio para o dia seguinte, dividia as tarefas necessárias para separar os ingredientes para a nova receita, pensava em formas inovadoras de cumprir as metas e era ajudado pela galinha que cumpria as tarefas a ela atribuídas.

Com o passar dos dias, as receitas ficaram cada vez mais elaboradas e o porco gastava grande parte do seu dia preparando os pratos que seriam servidos ao fazendeiro. Com isso não tinha tempo para atribuir as tarefas para a galinha. Que por sua vez aproveitava o tempo livre para ciscar o chão e procurar minhocas. Isso limitava o tempo disponível ao porco que trabalhava ainda mais para cumprir as metas.

O final dessa fábula você já pode prever: o fazendeiro não é atendido nas suas solicitações, o porco vira bacon e a galinha, depois de ceder um ovo, continua ciscando e procurando minhocas como se nada tivesse acontecido…

A história da galinha e do porco fala sobre envolvimento e comprometimento.

Agora eu pergunto, quem está envolvido e quem está comprometido? Nas empresas, na sociedade, em tudo, há esses dois grupos: os envolvidos e os comprometidos. Parece ser a mesma coisa, mas não é.

Quando você come o ovo, a galinha está envolvida, já que foi ela que botou o dito-cujo, mas não depende de estar ali para que o restante (os ovos, no café da manhã) aconteça.

Quando você come o bacon, o porco está comprometido, já que ele é o próprio.

Envolvimento é ato de envolver. Envolver deriva do latin envolvere que seria o mesmo que cobrir, enrolar ou misturar. Comprometimento é ato de comprometer-se ou assumir um compromisso. Comprometer deriva do latin compromittere, e compromisso deriva do latin , e ambos remetem ao sentido de assumir uma obrigação ou promessa firmada com outra parte.

Exemplificando para o ambiente de trabalho: as pessoas envolvidas fazem parte do grupo e trabalham pelos seus objetivos. Para os comprometidos, o grupo faz parte dele e ele trabalha com os objetivos coletivos. Os envolvidos apontam os sintomas e muitas vezes fazem parte do problema. E quando resolvem, o fazem da forma mais prática. O comprometidos compram problemas e resolvem da melhor forma.

Os envolvidos assumem somente as responsabilidades da sua função e quando recebem mais funções reclamam que estão sendo explorados e não têm interesse, pois isso não fecha com seu objetivo pessoal. Os comprometidos assumem as responsabilidades necessárias para atingir os objetivos coletivos e vêem novas tarefas como ótima oportunidade de aprenderem mais.

Os envolvidos sempre querem ser reconhecido pelo que faz. Os comprometidos sempre reconhecem quem faz. Para os envolvidos sempre há problemas e dificuldades. Para os comprometidos, sempre há soluções e energia. O envolvido toma espaço. O comprometido constrói o seu espaço. A relação com um evolvido é de curto prazo, enquanto que com o comprometido consegue-se manter uma relação de longo prazo.

E você… é comprometido com as outras pessoas, com o que faz, com sua família, com seu trabalho, com a alegria dos que estão próximos de você? Está mais para galinha ou para porco?

O viajante e sua jornada

Um viajante realmente nunca cessa de adquirir informações ao longo de sua jornada; e ele usa essas informações para melhor compreender os lugares por onde passa e as pessoas que ali vivem. Em cada lugar as pessoas tem um significado diferente para o fogo, a chuva e o vento. As vezes ele aprende que o oceano pode ser malicioso e perigoso; Outras vezes, que pode ser tranquilo e repousante; sob um aspecto, ele traz morte e destruição e sob outro, pode trazer gratificação e vida.

Ele experimenta o vento e o sol, a chuva e tudo o que aprendeu sobre o fogo, os animals domésticos e as estações. A chuva, por exemplo, é celebrada por alguns e temida por outros, por causa dos dilúvios e tormentas
que a acompanham.

O viajante não apenas conhece essas informações mas “usa-as” para entender cada lugar aonde vai, e… Ele modifica essas informações de acordo com as diferentes terras por onde viaja, recombinando aquilo de que dispõe para estabelecer compatibilidade e compreensão com aqueles com quem ele está convivendo no momento. E essa atitude de estar constantemente recombinando, continuamente se movendo para a frente, se transforma num refúgio, num porto seguro mental, é dele que o viajante se alimenta assistindo aos seus próprios aprendizados com as experiências vividas junto aos fazendeiros, nas suas plantações, aos boiadeiros nas campinas, aos caçadores nas florestas, aos Pescadores nas praias.

Procurando proteção em casas e tendas, alpendres ou choupanas e se reenergizando com as sementes, carnes de carneiro, coelho, de muda de roupa apropriadamente segundo cada local. Ele começa a compreender suas
atitudes variadas, as perspectivas e aquelas coisas que o tocam profundamente, como os laços pessoais com aqueles com quern se encontra, o viajante aprende a ter como guia suas atitudes consigo proprio, a respeitar aqueles com quem está convivendo, ajudando-os a aumentar suas escolhas com a sabedoria adquirida nas jornadas realizadas até aquele momento.

O viajante sabe muito bem que cada pessoa residente em sua respectiva terra conhece e compreende muito mais os recursos e os costumes dessa área em particular do que ele próprio – um completo estrangeiro. E o viajante compreende que pode ampliar sua compreensão e imaginação com o conhecimento que cada uma dessas pessoas tem de sua terra natal.

O fazendeiro é seguro porque está estabelecido e assentado. O viajante pode levar para ele a excitação e a criatividade oferecidas por algumas viagens distantes. O boiadeiro se sente em paz no seu estilo de vida rotineiro e silencioso, em alegre comunhão com o sol e tocando música a luz das estrelas, a noite. Para este, o viajante leva a sabedoria das cidades. A esses lugares onde homens e mulheres constantemente estão mudando
de local e de estilo de vida, ele leva conhecimento. Os pescadores são brutos porque a vida para eles e dura. São fortes porque o mar e rigoroso. Sao casados com o mar porque ele é a fonte de sua vida. Eles são desafiados na sua associação com o mar. Para estes, o viajante leva a sabedoria da ternura e o respeito pela terra o que eles nao estão acostumados.

Nenhum deles poderia mudar de lugar com o outro, mas todos exalam respeito mútuo, sabendo que cada um escolheu a vocação. o ambiente e o modo de vida mais apropriado para o emprego de sua própria força, seu próprio temperamento e seus talentos naturais. E mesmo assim cada um deles jamais se esquecerá da parte do outro que ficará para sempre em seu interior.

Trecho do livro: Qualidade começa em mim de Tom Chung.

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