A maior escola online de startups do Brasil

Mês: dezembro 2013

Ford e a linha de montagem baseada em um açougue

Os carros criados por Ford e pelas companhias fabricantes de época eram considerados como luxo e símbolo de status por serem “feitos à mão” e, portanto, extremamente caros e isto incomodava Ford que dizia que preços altos dificultavam a expansão do mercado. “Eu vou construir um carro para as multidões”, dizia ele. “Assim como um pino é igual a outro pino quando sai da fábrica, e um palito de fósforo é exatamente igual ao outro, assim serão os carros.”

Os automóveis de então eram muito pesados e Ford se dedicou a eliminar o desnecessário dos seus carros tornando-os assim não só mais baratos, mas também mais econômicos. Finalmente em 1o. de outubro de 1908 o famoso Modelo T é lançado. Nos anos iniciais, este automóvel era fabricado da mesma maneira que qualquer outro no país, mas a crescente demanda obrigou Ford a repensar o modelo de fabricação dos seus carros.

Embora tido popularmente como tal, Henry Ford não foi o inventor do automóvel e tampouco da esteira em linha de montagem. Mas certamente foi ele quem revolucionou completamente o uso desse dois. Certa vez em visita a um açougue, viu como um boi pendurado em um trilho passava por diversos homens, cada um ia tirando um corte de carne, até que, “no fim da linha”, sobrava só a carcaça. Ford utilizou esse princípio só que ao contrário. Seus operários ficariam parados agregando partes à carcaça do automóvel à medida que esse ia passando por eles sobre uma esteira – e mais tarde pendurado em trilhos. Quando esta técnica foi amplamente utilizada em suas fábricas, o tempo de montagem do chassis do Modelo T caiu de 12 horas e 30 minutos para 5 horas e 50 minutos. Em 1914, 13 mil trabalhadores na Ford produziram 260.720 automóveis. Em comparação, o resto da indústria usou 66 mil trabalhadores para produzir 286.350 automóveis.

Bertha Benz e o primeiro passeio automobilístico

Bertha Benz, casada com Karl, decidiu fazer a publicidade do Patent-Motorwagen de maneira única—ela tomou o Patent-Motorwagen Nr. 3, supostamente sem o conhecimento de seu marido, e dirigiu-o na primeira viagem a longa distância de automóvel, a fim de demonstrar sua viabilidade como meio de viagem a longas distâncias.

A viagem ocorreu no início de agosto de 1888, quando a senhora empresária levou seus dois filhos Eugen e Richard, quinze e quatorze anos de idade, em um passeio de Mannheim passando por Heidelberg e Wiesloch (onde ela comprou benzina como combustível em uma farmácia da cidade, fazendo-a o primeiro posto de combustível da história) até sua cidade natal Pforzheim.

Além de ser motorista, Bertha também foi mecânica, limpando o carburador com o alfinete de seu chapéu e usando uma jarreteira para isolar um fio. Ela reabasteceu na farmácia local de Wiesloch e quando os freios estavam gastos pediu a um sapateiro local para costurar couro no bloco de freio, e assim fazendo inventou a lona de freio durante a viagem. Isto mostra que Bertha Benz tinha conhecimento técnico e espírito inventivo.

Após enviar um telegrama a seu marido ao chegar a Pfrzheim, passou a noite na casa de sua mãe e voltou para casa três dias depois. A viagem total foi de 194 km.

Na Alemanha um desfile de automóveis antigos comemora esta viagem histórica de Bertha Benz a cada dois anos. Em 2008 a Bertha Benz Memorial Route foi oficialmente reconhecida como uma rota de herança industrial da humanidade. Agora todos podem seguir os 194 km sinalizados de Mannheim via Heidelberg a Pforzheim (Floresta Negra) e retorno.

O que poucos sabem é que naquela época ninguém acreditava no automóvel e percorrer 194 km com aquela geringonça era algo impensado, principalmente para uma mulher. O feito da senhora Benz (única investidora do projeto do marido) ainda é mais notável ao perceber que ela não só provou ser possível percorrer grandes distâncias como criou diversas soluções inovadoras para aquele invento.

John Dulop e a invenção do Pneu

Em 1888, o veterinário e inventor escocês, John Boyd Dunlop, desenvolveu o primeiro pneu com câmara de ar para um velocípede de seu filho de nove anos de idade, antes disso, as rodas eram de madeira, ferro, ou materiais compostos, o que prejudicava a condução e conforto.

O triciclo era utilizado para ir a escola pela ruas esburacadas de Belfast. Para resolver o problema de trepidação, Dunlop inflou alguns tubos de mangueira de latex, utilizados em medicina, através de uma bomba de ar de inflar bolas. Depois, envolveu os tubos com uma manta de lona para proteger e colocou em volta da roda do triciclo. Desde então, a maioria das rodas tinham no máximo rodas maciça de borracha ou madeira, porém, o pneu inflável foi notavelmente sua invenção.

Desenvolveu-se a idéia de patente de um pneu com câmara em 7 de dezembro de 1889. Dois anos depois de concedida a patente, Dunlop foi informado que sua patente foi invalidada devido a uma invenção de um escocês chamado Robert William Thomson, que havia patenteado a idéia na França em 1847, e nos Estado Unidos em 1891. Dunlop ganhou a batalha legal contra Robert William Thomson e revalidou sua patente. O desenvolvimento do pneu com câmara foi crucial para a expansão do transporte terrestre, com introdução de novas bicicletas e automóveis.

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén