A maior escola online de startups do Brasil

Mês: novembro 2015

Acelera Startups no Encontro Estadual de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade

ACELERA – EEITS from tv.AceleraStartups.com on Vimeo.

Estive em 4 cidades paraenses (Barcarena, Belém, Marabá e Santarém) durante o Encontro Estadual de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, para interagir via palestras e workshops com +500 estudantes e empresários de diversos portes e áreas para falar das tecnologias e métodos mais recentes na educação empreendedora para quem quer montar um negócio, fazer bonito frente a concorrência e imprimir um crescimento contínuo.

Outro detalhe interessante foi o acompanhamento que fizemos com 4 empresas e a extensão de tudo que era visto em sala, no ambiente virtual para todos os interessados (bastava se cadastrar via TV Acelera).

Pude ver com muita proximidade a importância do trabalho do consultor acompanhando pontualmente as empresas interessadas e também de instituições como o Sebrae no apoio a empreendedores em vários estágios de crescimento.

Em outro momento, trabalhando pelo Sebrae Nacional, percebi a força que temos enquanto consultores para impactar o Brasil pelo empreendedorismo, pois quando estamos em sala com 20 empresários estamos lidando com 20 famílias diretamente e se cada pequena empresa tiver 2 funcionários serão 40 famílias indiretamente e aproximadamente 80 pessoas. Se multiplicarmos esse número para o total de empresários no EEITS chegamos a 12000 pessoas número que cresce exponencialmente ao verificarmos a atuação do Sebrae em cada estado, nacionalmente então…

Sinto muito orgulho de fazer parte dessa família Sebrae e de ser apresentado como um agente da mudança, como alguém que pode fazer a diferença em sua cidade e região, se pensarmos bem, todos podemos! Quantas pessoas você vai interagir hoje? Em um mês? Um ano? E durante a sua vida? Pense nas possibilidades que você tem de mudar esse mundo que Deus põe em suas mãos todos os dias.

Obrigado a família Sebrae, a todos que fazem parte desta e acreditam na mudança através de si mesmos, que venha 2016 com suas dificuldades e desafios, pois vamos superar todos eles!

Um MVP não é uma versão mais barata do produto, e sim sobre “aprendizagem inteligente”

O que importa é o aprendizado inteligente

Um produto minimamente viável (MVP) não é sempre uma versão menor ou mais barata do seu produto final. Definir o objetivo do seu MVP pode fazer que você economize muito tempo, dinheiro e sofrimento.

 

Drones sobre Heartland

Conheci uma pequena startup em Stanford que quer voar veículos não tripulados (drones) com uma câmera hiperespectral sobre fazendas para coletar imagens de alta resolução, com uma tecnologia capaz de indicar plantas, umidade, fertilizantes e até insetos. Com isso os fazendeiros podem verificar a saúde das suas plantações, se tem água e fertilizantes suficientes, por exemplo.

Saber isso significa que os fazendeiros podem fazer melhores previsões sobre como será a produção, como devem tratar áreas específicas contra pestes e colocar água somente onde é necessário.

Drones são melhores que satélites pois tem uma resolução maior e podem fazer múltiplos voos sobre as plantações e são melhores que aviões pois são mais baratos.

Toda esta informação ajudará os fazendeiros aumentar as colheitas (faturamento maior) e reduzir os cursos usando menos água e fertilizantes, aplicando estes somente onde é necessário.

O plano deles é ser um serviço provedor de informações em um mercado emergente chamado “agricultura de precisão”. Semanalmente eles irão nas fazendas, voarão os drones, coletarão e processarão as informações e as entregarão aos fazendeiros em um formato simples de ser compreendido.

 

Descoberta de clientes em fazendas

Não sei o que há em Stanford que atrai atenção para este segmento, mas esta foi a quarta ou quinta startup que eu vi em agricultura de precisão que usa drones, robótica, sensores de alta tecnologia, etc. Este time conseguiu a minha atenção quando eles disseram: “Deixe-nos contar sobre as nossas conversas com os nossos potenciais clientes”.

Eu ouvi e, enquanto eles descreveram as entrevistas de clientes, parecia que eles haviam encontrado que, sim, os fazendeiros entendem que não ser capaz de ver em detalhes o que acontece nas suas plantações é um problema e que, sim, ter estas informações seria ótimo – na teoria.

Então o time decidiu que isto parecia um negócio que eles gostariam de criar. E agora eles estavam à procura de investimento para construir um protótipo de um produto minimamente viável (MVP). Tudo ótimo: time esperto, experts reais em imagem hiperespectral, design de drones, bom começo com a descoberta de cliente, começando a pensar sobre encaixe de produto e mercado, etc.

 

Lean não é um processo de engenharia

Eles me mostraram os seus objetivos e orçamento para o próximo passo. O que eles queria era um cliente inicial feliz, que reconhecesse o valor dos dados oferecidos por eles e que estivesse disposto a ser um evangelista. Grande objetivo.

Eles concluíram que a única forma de conseguir um cliente inicial maravilhado seria construir um produto minimamente viável, um MVP. Eles acreditavam que o MVP deveria:

  1. Demonstrar um voo de drone;
  2. Demonstrar que o software deles poderia juntar todas as imagens da plantação;
  3. Apresentar a informação para o fazendeiro de uma forma que ele pudesse fazer uso dela.

E eles concluíram, logicamente, que para isso eles precisariam comprar um drone, comprar uma câmera hiperespectral, comprar o software de processamento de imagem, gastar meses trabalhando na integração da câmera, plataforma e software, etc. Eles me mostraram a planilha de orçamento para fazer tudo isso. Era lógico…

… e errado.

 

Mantenha os seus olhos no prêmio

O time confundiu o objetivo do MVP, que era descobrir se conseguiriam um fazendeiro maravilhado que iria pagar pela informação, com o processo de atingir este objetivo. Eles tinham o objetivo correto, mas o MVP errado para testá-lo. Explico…

A hipótese do time era que conseguiriam entregar informações para a tomada de decisão que os fazendeiros pagariam para ter. Como a startup se definiu como uma empresa provedora de informações, no final das contas o fazendeiro não se importava se estas informações viriam de satélites, aviões, drones ou mágica, desde que eles tivessem informação que pudesse ser utilizada.

Isto significava que todo o trabalho de construir um drone, uma câmera, o software e o tempo integrando tudo isso era desperdício de tempo e esforço. Eles não precisavam testar nada disso ainda (há muitas opções de usar drones de baixo custo para carregar câmeras). Eles definiram o MVP errado para testar primeiro.

Eles devem investir o seu tempo validando que os fazendeiros se importam com as informações.

Então eu perguntei: “Não seria mais barato alugar uma câmera e avião ou helicóptero e voar sobre a plantação, processar as informações manualmente e ver se esta é a informação que os fazendeiros pagariam para ter? Não seria possível fazer isso em um dia ou dois, por um décimo do investimento que vocês estão buscando?” Ahnn…

Eles pensaram sobre isso por um momento e depois riram, dizendo: “Nós somos engenheiros e queríamos testar as últimas tecnologias, mas você quer que nós comecemos testando se realmente temos um produto que os clientes querem e se isso pode ser um negócio. Nós podemos fazer isso”.

Time esperto. Eles saíram pensando como redefinir o seu MVP.

 

Lições aprendidas

  • Um produto minimamente viável não é sempre uma versão menor ou mais barata do seu produto
  • Pense sobre formas alternativas de testar o objetivo
  • Grandes fundadores mantem o seu foco no prêmio

 

Versão original em inglês

Steve Blank

Criador da metodologia “Customer Development” (base do Lean Startup), professor em Stanford, Berkeley e Columbia.

Nenhum plano sobrevive ao primeiro contato com os clientes: Plano de Negócios vs. Modelo de Negócios

Eu estava conversando com um ex-aluno no Café Borrone, o meu favorito em Menlo Park. Era a segunda hora de uma manhã de mentoria que eu disponibilizei para ex-alunos.

Ele e seu sócio eram ambos PHD em matemática aplicada e tinham planos de fazer inovações importantes na próxima geração de algoritmos de busca.

Durante o café ele disse: “Eu preciso me animar. Acho que a nossa startup vai falhar antes mesmo de conseguirmos investimento.”

Agora ele tinha a minha atenção. Eu achava que a tecnologia deles tinha muito potencial de sucesso. Coloquei o meu café na mesa e escutei.

Ele disse: “Depois da formatura nos enfurnamos no meu apartamento e passamos os próximos meses pesquisando e escrevendo um plano de negócio com base na nossa ideia. Até chegamos a participar de uma competição de planos de negócios. Quando terminamos, seguimos o seu conselho e fomos para a rua para falar com potenciais usuários e clientes.”

Eu disse: “Ok, qual é o problema?

Ele respondeu: “Bem, os clientes não estão se comportando como prevíamos no nosso plano de negócios! Deve haver algo de muito errado no nosso negócio. Achávamos que pegaríamos o nosso plano e iríamos conseguir investimento anjo. E não podemos ir atrás de investimento sabendo que o plano está errado.”

Eu disse: “Parabéns, você não está falhando, só pegou um atalho de três meses e meio que deu errado.”

Explico…

Nenhum plano sobrevive ao primeiro contato com os clientes

Estes rapazes investiram quatro meses escrevendo um plano de 60 páginas, incluindo 12 páginas de planilhas. Coletaram informações que justificavam as suas premissas sobre o problema, a oportunidade, o tamanho do mercado, a sua solução e a concorrência. Fizeram uma projeção de vendas de 5 anos, com premissas sobre o seu modelo de faturamento, preços, vendas, marketing, custos de aquisição de clientes, etc. Eles incluíram um demonstrativo de Lucros e Perdas, balanço, fluxo de caixa e a tabela de participação dos sócios. E resumiram tudo nos 15 slides mais lindos que eu já vi.

O problema é que duas semanas depois que eles foram para a rua para conversar com os potenciais clientes e usuários, perceberam que pelo menos metade das suas premissas utilizadas para montar o plano estavam erradas.

 

Por que um plano de negócios é diferente de um modelo de negócios

Como citei anteriormente, aquela era uma manhã de mentoria para ex-alunos. O grupo que atendi durante a primeira hora também havia trabalhado duro nos últimos três meses e meio. Mas eles alocaram o tempo deles de forma diferente: em vez de escrever um plano de negócios completo, focaram em montar e testar um modelo de negócios.

Um modelo de negócios descreve como a sua empresa cria, entrega e captura valorSteve Blank

Pode ser compreendido melhor como um diagrama, que mostra os fluxos entre as diferentes partes da sua empresa. Inclui como o produto chega até os seus clientes e como o dinheiro volta para a sua empresa. Também mostra a estrutura de custos da empresa, como os departamentos interagem uns com os outros e os parceiros e outras empresas com os quais vocês interagem para fazer o negócio funcionar.

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Este time investiu as suas duas primeiras semanas desenhando as suas hipóteses sobre vendas, marketing, precificação, concorrentes, etc. e incluíram as suas primeiras premissas financeiras. Só precisaram de cinco slides para demonstrar as suas hipóteses e um rascunho das finanças.

Eles não gastaram muito tempo justificando as suas premissas porque eles sabiam que os fatos iriam mudar as suas premissas.

No lugar de escrever um plano de negócios formal eles pegaram o seu modelo de negócios e saíram do prédio para obter feedback sobre as suas hipóteses mais críticas (modelo de receita, precificação, vendas, marketing, custo de aquisição de clientes, etc.).

Eles até mesmo fizeram um mockup da aplicação e testaram landing pages, palavras chave, os custos de aquisição de clientes e as hipóteses mais críticas.

Depois de três meses já sentiam que tinham informações preliminares suficientes sobre seus clientes e usuários; então prepararam uma apresentação em power point que resumia as suas conclusões.

Eles queriam tomar um café para conversar sobre qual das quatro ofertas de investimento anjo eles deveriam aceitar.

Um plano é estático, o modelo é dinâmico

Empreendedores tratam um plano de negócios pronto como um conjunto conclusivo de fatos. É muito difícil você ver pessoas alterando um plano de negócios depois de pronto. Em vez disso, ele é tratado como uma consolidação de tudo o que eles sabem e acreditam. É estático.

Em contraste, um modelo de negócios é projetado para ser rapidamente alterado para refletir o que você encontra na rua conversando com os clientes. Ele é dinâmico.

Então você quer dizer que eu nunca deveria ter escrito um plano de negócios?”, perguntou o empreendedor que gastou o seu tempo escrevendo o “plano de negócios perfeito”.

Ao contrário”, eu disse. “Planos de negócio são muito úteis. O exercício de escrevê-lo o força a pensar sobre todas as partes do seu negócio. Detalhar o plano financeiro o força a pensar sobre como construir um negócio lucrativo. Mas você acabou de descobrir que, por mais esperto que você e o seu time sejam, não há fatos dentro do seu escritório. A menos que você tenha testado as hipóteses do seu modelo de negócio antes, na rua com os clientes, o seu plano de negócios nada mais é do que uma escrita criativa.”.

Lições aprendidas

  • Uma startup é uma organização criada para procurar um modelo de negócio repetível e escalável.
  • Não há fatos no seu escritório, então vá para a rua e encontre-os.
  • Desenhe e teste o seu modelo de negócios antes, depois pense no plano de negócios.
  • Poucos ou nenhum investidor irá ler o seu plano de negócios para ver se tem interesse no seu negócio.
  • Eles estão mais interessados no que você aprendeu.

 

Versão original em inglês

Steve Blank

Criador da metodologia “Customer Development” (base do Lean Startup), professor em Stanford, Berkeley e Columbia.

Como captar recursos para a sua ideia de negócios

Como captar recursos para a sua ideia de negócios?

Você é um empresário interessado em profissionalizar seu negócio e formalizar sua companhia mas necessita um aporte inicial de capital? É um empreendedor tecnológico que tem um bom modelo de negócios para um aplicativo inovador, mas sem recursos para contratar desenvolvimento e outros recursos humanos? Se este é seu caso saiba que existem investimentos específicos para este perfil de startup, confira a seguir como captar recursos para crescer e escalar seu negócio.

Para captar recursos para para a sua ideia de negócios de forma constante será necessário construir uma base de oportunidades de investimento. Ela consistirá em listas de instituições, editais, incubadoras, aceleradoras e investidores anjo que você identifique em seu networking.

Comece por instituições de financiamento. Em seguida procure editais de financiamento e esteja atento para os prazos e requisitos destes processos de seleção. Existem inúmeros programas nacionais e internacionais voltados para empresas de base tecnológica.

Considere também integrar uma incubadora ou uma aceleradora. Ambas oferecem infra estrutura, mentoria e acompanhamento de startups, além do investimento em troca de porcentagem de seu negócio. No Brasil as incubadoras estão ligadas a Universidades e programas governamentais, tanto regionais como federais. Já as aceleradoras possuem as mesmas características de apoio aos empreendedores com a diferença de que são de fundo de investimento privado. Lembre-se de que ambas selecionam as ideias participantes, por isso capriche na elaboração do seu projeto!

Prepare o seu Pitch

O pitch também conhecido como Elevator Pitch ou “Discurso do Elevador”, é uma apresentação de 2 a 3 minutos (como se fosse para você apresentar durante a subida/descida de um elevador o seu projeto para um investidor no elevador) em que deve “vender” a sua ideia de forma clara e concisa. Apesar de ser uma apresentação curta, pela necessidade de se conseguir conquistar a atenção do investidor, muitas vezes representa um grande desafio, assim, concentre-se no que é essencial ao seu negócio, aquilo que irá chamar a atenção do investidor e de um eventual cliente. Procure praticar “no espelho”, apresentar para parentes e amigos e perguntar o que eles entenderam, pois é muito comum pelo envolvimento do empreendedor, esquecer-se de dar uma informação básica sobre a essência do seu negócio.

O Pitch deve poder ser feito tanto apenas verbalmente, quanto eventualmente suportado por uma apresentação de slides (chamada de Deck), caso o empreendedor tenha oportunidade de se apresentar em público, lembrando também que não deverá ter muitos slides.

Algumas dicas para criar um pitch arrasador retiradas do livro a Arte do Começo de Guy Kawasaki, são:
– Seja positivo: não tente destruir a concorrência
– Foco no cliente: o que você pode fazer por ele?
– Evite termos técnicos, apresente algo que os outro entendam
– Coloque uma pitada do que sentir no mercado
– Prepare-se para o Público Alvo da apresentação
– Regra 10 slides / 20 minutos / 30 tamanho da fonte (10/20/30)

Sua apresentação: Resumo / Problema / Solução / Modelo de Negócio / Toque mágico / Mkt & vendas / Concorrência / Gerência / Financeiro (Projeções, métricas-chave, situação atual, realizações, linha do tempo e uso dos recursos.

Para finalizar, reúna 3 amigos, explique sua ideia em 1 minuto. Peça para eles escreverem o que entenderam, compare com o que você disse.

4 dicas essenciais para criar um produto mínimo viável

Certa vez eu estava prestando consultoria a uma Startup que desejava desenvolver uma marca de camisa. A meta do grupo era a de produzir uma logo chamativa e bem humorada, como a Bazinga. O grupo estava na dúvida sobre um produto experimental para mostrar a uma clientela.

Indaguei a equipe o que tinham em mente; foram taxativos – produziriam uma vestimenta do melhor tecido e entregariam num sorteio a algumas pessoas. Questionei por quanto ficaria o investimento e logo  notei que o produto final lhes daria um bom custo (ainda mais para quem estava começando).

Foi então que comecei a jogar algumas perguntas ao grupo:

  • O que será mais relevante no produto final? Qual será o atrativo: a camisa ou a marca?
  • Qual a real diferença entre esse produto experimental e o final?
  • Qual a estratégia caso o resultado desse produto inicial não for positiva?

As respostas da Startup resumiram-se a essas: 1) o atrativo é a marca; 2) não havia grandes diferenças entre o produto final e o inicial; 3) o grupo não fazia ideia do que fazer caso sua experimentação com os clientes não fosse para frente.

Ao levar a equipe a refletir sobre os passos que estavam tomando, pude abordar o assunto deste artigo: a relevância de produto minimamente viável, ou MVP em inglês – como é mais conhecido.

O que é um MVP, afinal?

O produto mínimo viável é a versão mais simples de um produto a ser lançado no mercado. Para facilitar o entendimento, voltemos a história acima.

Aquela Startup possuía a consciência da importância de montar um produto experimental para sentir a reação do mercado. No entanto, ficou claro com as perguntas que a equipe não possuía a noção do que era um produto minimamente viável.

O MVP é essencialmente diferente do produto final. Ele é um teste, portanto nem se quer faz sentido fazer um investimento similar nas duas fases.

Outro ponto importante: o produto mínimo viável não necessariamente lida com a segmentação física da sua ideia. No relato acima, pudemos perceber que havia uma preocupação em logo produzir as camisas. No entanto, a própria equipe admitira que o foco estava na marca.

Então por que não centrar o MVP na marca? Sugeri em seguida que a Startup realizasse algum tipo de campanha com a logomarca, para vermos se a ideia seria bem recebida. Depois – aí sim – poderíamos pensar em outro MVP envolvendo regatas.

E ainda assim – ressaltei a eles – pensaríamos em opções de tecido de acordo com o orçamento da empresa. Seria inconsequente fazer um sorteio, em que as pessoas não pagariam, para entregar-lhes um poliéster.

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MVP: o início da aprendizagem, no lugar da busca pela perfeição

Um MVP vai ajudar você a iniciar o processo de aprendizado junto ao cliente da forma mais rápida possível, pois poupa tempo e esforços. E ao contrário do desenvolvimento tradicional de produtos, que geralmente envolve um longo e pensativo período de incubacçãoo e busca a perfeiçãoo do produto, o objetivo do MVP é começar o processo de aprendizagem – em vez de finalizá-lo.

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Crie o Mínimo Produto Viável

Ao contrário de um teste de protótipo ou conceito, um MVP foi concebido não apenas para responder questões sobre o design e questões técnicas; seu objetivo é testar as hipóteses fundamentais do negócio, aquilo que o empreendedor acredita que de fato fará o sucesso do seu produto ou serviço.

A fase de validação em conjunto com a criação do MVP estão em constante mudança pois mesmo após a conversa com diversos clientes podem surgir melhorias e aprendizados no sentido de otimizar o resultado do trabalho criado.

O que aprendemos?

Resumindo, com este artigo pudemos compreender que:

  • o MVP é a combinação do que é viável em termos de mercado, utilizando custo e esforço mínimo (o viável para o empreender que está começando).
  • o MVP é necessariamente diferente do produto final;
  • o produto mínimo viável deve centrar-se na ideia que será vendida;
  • o produto minimamente viável existe para servir como aprendizado.

Steve Blank e a simples técnica para validação de ideias

Quem nunca quis que sua ideia vendesse?

Não precisa necessariamente ser um empreendedor. Em qualquer âmbito de nossa vida, precisamos apresentar propostas e projetos para conseguirmos algo que desejamos. Pode ser aquele emprego dos sonhos ou a permissão dos pais para dar uma festa em casa.

Aonde eu quero chegar? Seu futuro depende de quanto valor suas ideias possuem no mundo. Em outras palavras, é preciso validar sua ideia. Se estamos falando de um negócio/empreendimento, este é o primeiro grande a se dar.

Aqui neste artigo, o que você irá ganhar:

  • uma técnica atualizada e simples de validação de ideia, por Steve Blank
  • o que você deve fazer para sua ideia ser colocada na gaveta para sempre
  • um ebook gratuito para montar um Negócio de Sucesso

Validação de Ideia: como faz?

Certa vez, ainda na adolescência, comecei a vender alguns sanduíches na escola. No início não deu lá muito certo. Até que decidi conversar com meu público em potencial. Montei alguns lanches por um por preço simbólico e perguntei o que achavam e o que dava para melhorar.

Não demorou para que eu criasse uma boa noção do que meus clientes desejavam e as vendas fluíssem. Não sabia que, desde aquela época, estava aplicando um princípio chave de um dos maiores empreendedores do mundo: Steve Blank.

A validação de uma ideia junto ao seu público alvo é uma das etapas mais importantes de um novo negócio. O modelo inventado pelo americano Steve Blank tem se mostrado muito efetivo nesse aspecto, pelos seguintes motivos:

  • considera criar um pivot anterior ao produto viável mínimo (MVP, em ingês)
  • apresentar a ideia ao mercado alvo para colher feedbacks
  • a partir dos dados coletados, fazer as devidas alterações no projeto e lançá-lo ao público novamente. Realizar esse movimento até que esse pivô possa se tornar um MVP e de fato ser explorado no mercado como um produto.

A venda em si: melhor forma de validação

Uma das melhores formas de validação de ideia é a própria venda. Além de afastar opiniões jogadas ao vento  e por pessoas desinteressadas na sua ideia, você pode  saber de fato as dificuldades reais de vender o produto ou serviço que está criando.

O cliente lhe dará  um feedback valioso para você descobrir o que lhe chamou atenção, a ponto de ele abrir a carteira e pagar pelo seu produto. Do contrário, quando o seu público não compra, você recebe um feedback no sentido de permitir a melhoria do seu serviço com uma avaliação real para torná-lo rentável. Conclusão que só deve ser tomada após conversar com diversos clientes.


Apresentando o pivô como uma ideia

Outro ponto que Steve Blank destaca nesta etapa é a apresentação do pivô apenas como uma ideia, pois isso evita custos extras com o desenvolvimento de algo ainda inacabado e que pode ser facilmente rejeitado pelo cliente.

Um bom exemplo seria eu apresentar o conceito de uma camisa que não acumula odor mesmo após a ida à academia de ginástica. Eu posso apresentar o conceito e até dizer o preço a um cliente sem me preocupar com a cor ou o design da camisa, item que se for desconsiderado pode me custar dinheiro para desenvolver o design e com a chance de ser rejeitado pelo cliente.

Sem contar o risco de deixar de lado a própria validação de sua ideia: uma camisa que não retém odor após uma ida a ginástica.

O que aprendemos?

Vamos recapitular o que foi comentado nesse artigo!

  • Antes de montar seu produto viável mínimo, crie um pivô para apresentar aos seus clientes.
  • Colha os feedbacks que lhe forem dados, tantos os das vendas, quanto daquelas pessoas que decidiram não comprar.
  • Retorne ao projeto e depois às vendas novamente.
  • Apresente seu pivô não como um produto, mas sim como ideia: isso lhe poupa gastos desnecessários e o auxilia a se conectar com a validação de ideia que deseja.

Vamos aplicar?

Como validar a sua ideia de negócios

Como validar a sua ideia de negócios

Estruture a sua ideia de negócios

Estruture a sua ideia de negócios!

Canvas do modelo de negócios

Criado pelo suíço Alexander Osterwalder de forma colaborativa com pessoas do mundo inteiro o Canvas do Modelo de Negócios ganhou o mundo pela forma simples como organiza um modelo de negócio do zero e em nosso trabalho ele será peça chave para estruturar a sua ideia e dar uma visão mais clara do negócio a ser montado.

Usando o aplicativo de sua preferência ou notas auto-colantes, canetas para cd e o próprio canvas, inicie o preenchimento do quadro na ordem que você achar mais adequada, com as seguintes observações:

Proposta de Valor
Que valor será entregue para o segmento de clientes? Quais são os problemas dos clientes que a empresa ajuda a resolver? Quais são os produtos e serviços que são entregues para cada segmento de clientes? Que necessidades dos clientes estão sendo satisfeitas?

Segmento de Clientes
Para quem está sendo criado valor? Quem são os clientes mais importantes?

Canais
Através de quais canais o segmento de clientes será alcançado? Como estão sendo alcançados hoje? Como os canais estão ligados entre si? Qual é o canal que funciona melhor? Qual é o canal que tem menor custo?

Relacionamento com Clientes
Que tipos de relacionamentos o segmento de clientes espera da empresa? Quais são os relacionamentos já estabelecidos hoje? Como estes relacionamentos estão integrados com outros aspectos do negócio? Quanto custam os relacionamentos existentes?

Recursos-Chave
Que recursos-chave a proposta de valor exige? E os canais de entrega? E os relacionamentos? E as fontes de receita?

Atividades-Chave
Que atividades-chave a proposta de valor exige? E os canais de entrega? E os relacionamentos? E as fontes de receita?

Parceiros-Chave
Quem são os parceiros-chave? Quem são os fornecedores- chave? Que recurso-chave a empresa consegue dos parceiros- chave? Que atividades-chave os parceiros-chave exercem?

Fontes de Receita
Como você ganha dinheiro? Por qual valor o segmento de clientes está disposto a pagar? Pelo quê pagam atualmente? Como o segmento de clientes paga hoje? Como eles prefeririam pagar? Qual é a contribuição de cada fonte de receita para receita total?

Estrutura de Custo
Onde você investe o dinheiro do negócio? Quais são os custos mais importantes do modelo de negócios? Quais são os recursos-chave mais caros? Quais são as atividades-chave mais caras?

Conheça o seu cliente

Como um dos pontos centrais de todo projeto você precisa se preparar para a fase de validação com o cliente usando duas ferramentas de simples preenchimento:

Personas

Personas são personagens fictícios criados para representar os diferentes tipos de usuário dentro de um alvo demográfico, atitude e/ou comportamento definido que poderia utilizar um site, uma marca ou produto de um modo similar. Personas são uma ferramenta ou método de segmentação de mercado. O termo persona é usado amplamente em aplicações online e tecnológicas, bem como em publicidade, onde outros termos como retratos de pena também podem ser usados.

São úteis para consideração dos objetivos, desejos e limitações de usuários e compradores de marcas com o objetivo de ajudar a guiar decisões sobre um serviço, produto ou espaço de interação tais como características, interações e o design visual de sites web. Personas são frequentemente usadas como parte de um processo de design centrado no usuário para o desenvolvimento de software e também são considerados uma parte do design de interação (IxD), tem sido usados no design industrial e mais recentemente para finalidades de marketing online, como por exemplo no marketing de conteúdo.

Para esse conceito ser útil, você deve dar a cada seguimento de cliente dispostos no Canvas do modelo de negócios, um nome e algumas características demográficas tais como estado civil, idade, sexo, etc. (o detalhe aqui é trabalhar com os dados que são interessantes ao seu modelo de negócio, um exemplo, a forma como ele conecta a internet ou chega até o meu site podem ser mais interessantes do que saber o sexo do cliente).

Mapa da empatia

A empatia é a capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias. Ou simplesmente colocar-se no lugar do outro.
– Como ele se sente?
– O que ele fala ou faz?
– O que escuta?
– Quais desafios enfrenta?
– Quais são suas fortalezas?

Já o Mapa da Empatia é uma ferramenta para obter um profundo CONHECIMENTO DO CLIENTE o que representa uma vantagem competitiva essencial nas organizações. Para utilizá-lo você irá selecionar os seguimentos de clientes dispostos no Canvas do modelo de negócios criado, com ajuda de notas auto-colantes vamos responder diferentes perguntas, baseado no perfil de cliente escolhido.
– O que o nosso cliente vê? – Como ele pensa?

VÊ
O que ele vê? Como é seu entorno? Quem são os seus amigos? Qual é a oferta que recebe? Que tipo de problemas ele encontra?

ESCUTA
O que ele escuta? Quais são as áreas que influência no seu entorno? O que seus amigos dizem? Seu parceiro/a? Quem realmente o influência e como? Quais os canais de mídia os influenciam?

PENSA E SENTE
O que ele pensa ou sente? O que considera realmente importante? Quais suas emoções? O que o move? Quais suas expectativas, sonhos e aspirações? Quais suas emoções?

FALA E FAZ
Qual é seu comportamento e reação em público? O que ele comenta no seu entorno? Você Identifica algum fator diferencial entre o que diz e o que realmente pensa ou sente?

FRAQUEZAS
Quais são suas fraquezas? Que desafio enfrenta? Quais são suas maiores frustrações? Que obstáculo enfrenta para conseguir seus objetivos? Que riscos teme assumir?

FORÇAS
Quais são seus Ganhos ou Fortalezas? Que lucro quer conseguir? Como mede o sucesso? Que estratégia utiliza para conseguir seus objetivos?

Considerações
Uma vez realizada a análise teremos um bom conhecimento do cliente, seu entorno, preocupações, comportamentos, expectativas e decisões. Isto permitirá abrir novos caminhos para a criatividade, inovação e novas oportunidades de negócios muito mais adaptadas a realidade de cada cliente.

Estruture a sua ideia de negócios

Estruture a sua ideia de negócios

Busque uma ideia de negócio empolgante

Busque uma ideia de negócio empolgante! Para desenvolver novas oportunidades iremos trabalhar com ideias de negócios, pensando: quais dos 10 itens escolhidos por você na etapa anterior podem gerar negócios? E quais desses negócios você gostaria de trabalhar? Um bom ponto de partida seria conectar com pessoas que já trabalham nessa área específica, que tal marcar um encontro e saber mais detalhes dessa área em especial? Quem sabe é possível encontrar coisas que você ainda não havia pensado em revistas, sites e comunidades que desenvolvem esse tema nas comunidades que você frequenta na internet. Além disso, existem locais específicos que podem dar boas pistas de que negócios estão em alta na sua área de atividade escolhida, veja alguns exemplos:

1. Ideias de negócio presentes no site do Sebrae;

2. Banco de ideias presentes no site da revista PEGN com setores diversos listando os mais variados negócios e como eles estão ganhando mercado e conquistando cliente.

3. Crunchbase, a maior base de dados sobre Startups do mundo mantida pela revista TechCrunch;

4. Startupbase, banco de dados mantido pela Associação Brasileira de Startups com as startups brasileiras;

Busque, leia e se identifique com o negócio que mais lhe chama a atenção. Mas não tenha medo encarar negócios ainda não muito claros ou difíceis de prever como iriam ganhar dinheiro pois as próximas etapas do nosso trabalho irão focar nisso.

Busque uma ideia de negócio empolgante

Busque uma ideia de negócio empolgante

Descubra o que ama fazer para nunca mais trabalhar

Descubra o que ama fazer para nunca mais trabalhar! Quem ama o que faz vai mais longe. Primeiro porque resiste mais firme às adversidades de qualquer mercado e segundo porque consegue transmitir essa paixão por trabalhar com o que gosta em todos os gestos, isso vende mais rápido, mais fácil e gera lucros inimagináveis para si e para os outros. Mas não é tão simples quanto parece, trabalhar com o que se gosta exige esforço do indivíduo para não sucumbir à pressão de familiares, amigos e inimigos (é tanta gente querendo meter o dedo na sua vida que fica difícil lembrar de todos que lhe deram uma opinião que as vezes nem mesmo foi pedida). Mas àqueles que vencem a certeza dada pelos 50 americanos mais bem sucedidos presentes no ranking da revista Forbes e que quando perguntados sobre o segredo do seu sucesso responderam: Eu sei o que eu quero! Saber o que você quer e ama fazer por si, já é um ingrediente poderoso para quem busca o sucesso! Um alento para aqueles que não sabem: será necessário apenas 10 minutos para decidir o que você quer, que tal pormos isso em prática?

Coloque-se em uma posição confortável onde você possa tomar consciência do seu corpo sem ser perturbado. Pense nos dedos dos pés, o seu pé, a maneira como ele se conecta com o resto do corpo como se integra com a perna e esta se interliga com a virilha, esta com a barriga, o peito, os braços e as mãos, o pescoço e finalmente a cabeça. Persista sentindo cada pedaço do seu corpo e respire fundo, uma, duas, três vezes. Pronto! Você está apto pensar na sua vida, as coisas que faz, que estuda, as coisas que te motivam, que te entusiasmam, as pessoas que você gosta de ter ao lado, perceba que todas essas informações sempre estiveram ai a sua disposição e que bastou iniciar o processo agora para elas emergirem frente a tantas outras que estão em seu dia a dia. Pense em sua vida ideal. Como você estará? Com quem você estará? E o que você estará fazendo para manter esse estado de espírito? Concentre-se nisso e anote os 10 itens de maior importância quanto mais específico e detalhado for, melhor para você atingir o seu objetivo, assim, tente fugir de coisas como: para a minha vida ser ideal eu gostaria de ser feliz ou de ter dinheiro e se aproxime do que lhe gera felicidade como por exemplo alguém que é muito feliz quando vai a praia ou viaja para conhecer outros países. Lembre-se de registrar os 10 itens mais importantes e agora enumere-os por ordem de importância assinalando 1 para o mais importante e 10 para o menos importante, pronto!

Terminada essa lista você tem um tesouro em suas mãos que pode ser transformado em fichas para você ler em determinada hora do dia, ou fotos que possam ser vistas com frequência, assinale o compromisso de ver esse material todos os dias por 21 Dias consecutivos (este é o número de dias apontados por especialistas para incorporar um novo hábito) essa lista irá produzir maravilhas em sua vida.

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