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Mês: dezembro 2015

Evento Imersão Executiva em Digital Business

Martha Gabriel dispensa apresentações. É escritora, sendo autora de 5 livros, incluindo o best-seller “Marketing na Era Digital”, palestrante de 4 TEDx, já realizou mais de 50 palestras no exterior, artista, com PhD em Artes, educadora e consultora.

E ela começa 2016 com um evento fora de série. É a Imersão Executiva em Digital Business, que acontecerá de 28 a 30 de janeiro, em São Paulo.

A imersão, constituída de 4 módulo, irá oferecer um programa completo para executivos e gestores que desejam desenvolver estratégias de digital business. Esta é a 8ª edição do evento que tem recebido excelente feedback de seus participantes.

Todos os detalhes do programa estão disponíveis na página do evento http://www.martha.com.br/cursos/imersao-digital-business/

E uma novidade: Em parceria com Martha Gabriel, a Acelera Startups está oferecendo um desconto de 10%. Basta utilizar o código IDBMGASU

Participe!

 

Por que você faz o que você faz?

Por que fazemos cada uma das coisas que fazemos todos os dias? Comprar algo, ler um livro, assistir um determinado filme, comer um alimento específico, trabalhar em alguma atividade, dormir de um jeito, conversar com alguém, estudar um assunto, etc.? Parece uma pergunta óbvia para a qual todos nós deveríamos ter a resposta. No entanto, frequentemente não temos.

A importância de pensar sobre cada ação que adotamos em nossas vidas, mesmo nos horários de lazer, é que quando tomamos consciência de nossos atos, damos significado a eles e assumimos a nossa responsabilidade para conosco e com o mundo. A vida é o que fazemos e não o que acontece com a gente. Quando não somos conscientes, somos vítimas e, ao mesmo tempo, assassinos: de tempo, dinheiro, qualidade de vida e desenvolvimento pessoal.

Por exemplo, recentemente parei para pensar porque eu assistia determinadas séries americanas e me dei conta que várias delas nada acrescentavam ao meu crescimento ou bem-estar e que, na realidade, eram assassinas do meu tempo – em outras palavras, ela não valiam as horas que eu “perdia” com elas. Por outro lado, outras são excelentes para mim, ampliando em algum grau as minhas reflexões sobre o mundo e sobre mim mesma.

A regra é simples e vem da física básica: toda ação provoca uma reação. Tudo o que fazemos, por menor que seja, transforma o mundo ao nosso redor, que nos transforma de volta. Os budistas chamam isso de karma e prestam muita atenção ao cria-lo a cada momento, pois isso determinará a sua felicidade futura. Outros chamam de “lei da retribuição”. As religiões que acreditam em reencarnação têm essa filosofia bastante enraizada em suas diretrizes, mas acredito que, independente da fé que você pratique, agir conscientemente é essencial para o desenvolvimento de uma vida produtiva e feliz para você e para tudo ao seu redor.

Conforme agimos mais conscientemente, passamos a nos conhecer melhor e a ser mais sustentáveis. Quando penso deliberadamente em cada “porque” de cada ato meu, analiso a minha essência e as motivações pelas quais ajo. Existe uma máxima que diz que “a raiz de toda mágoa é a expectativa”, assim, se não nos conhecemos, temos expectativas erradas tanto em relação a nós mesmos quanto aos outros. Além disso, quando nos conhecemos, sabemos melhor o que queremos no mundo e passamos a agir para atender as nossas verdadeiras necessidades (e não as dos outros, as expectativas dos outros).

A partir daí, tendemos a parar de consumir tudo o que não nutre verdadeiramente a nossa felicidade: coisas, informações, alimentos, relacionamentos, enfim, tudo. Isso é uma das principais consequências dos nossos atos conscientes e contribui significativamente para a sustentabilidade do mundo e da nossa alma nos permitindo entrar em alinhamento com o nosso verdadeiro “ser”.

Conforme vivemos, mudamos ao longo do tempo, e por isso, é essencial fazer essa checagem sempre, sob o risco de continuarmos a fazer coisas que só faziam sentindo no passado, mas que não precisamos/queremos/gostamos mais. O que é bom e natural para uma criança, não é para um adolescente ou para um adulto. Temos que mudar todos os dias para continuarmos a ser nós mesmos, e, nesse processo, quando temos consciência das nossas ações, elas contribuem para esse desenvolvimento ao invés de atrapalha-lo. Se continuarmos a fazer as mesmas coisas sem pensar, podemos estar inconscientemente nos sabotando.

Assim, desejo que o próximo ano te leve para o futuro em uma viagem de auto conhecimento e consciência dos seus atos e que para cada um deles você seja capaz de responder: “porque você faz o que você faz, a cada instante?”.

Como já dizia Confúcio, “Onde quer que você vá, vá com todo o seu coração”. Isso muda tudo!

 

Texto escrito por Martha Gabriel

Link original

 

Visão vs. Alucinação – Fundadores e pivotagens

Uma habilidade necessária aos fundadores é saber como reconhecer novos padrões e pivotar rapidamente. Às vezes o padrão é apenas barulho, e a visão se torna uma alucinação. Trocar a visão por uma alucinação pode trazer o caos para dentro da sua startup.

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Yuri, um dos meus ex-estudantes iniciou uma empresa de análise de Big Data no último ano. Ele transformou sua tese de doutorado em um produto matador, levantou recursos e agora é CEO de uma companhia de 30 pessoas. É ótimo ver como ele absorveu o espírito e a prática do desenvolvimento de clientes. Ele estava constantemente na frente de clientes, ouvindo, vendendo, instalando e aprendendo.

E era onde estava o problema.

Passei um tempo dentro da empresa dele enquanto eu estava usando o software dele para analisar empreendimentos em estágio inicial. O que eu vi me lembrou as melhores e as piores coisas que fiz como fundador.

 

Um pivô na semana

 

 

Uma vez por semana Yuri voltava de uma reunião com clientes trazendo novos insights. “Nós estamos construindo o produto errado” ele declarava. “Precisamos pivotar agora.” Jogando fora todo o seu processo de desenvolvimento ágil e as vezes todo o seu modelo de negócios.

Outras semanas, Yuri estaria derrubado com as realidades dos números, das contas decadentes nos bancos e com os comentários negativos dos clientes. Nesse cenário, ele chegava à empresa dizendo “nós vamos falir em três meses se nós não nos organizarmos”. Eu até o ouvi dizendo a um cliente, “Se nós não tivermos o seu pedido nós teremos que fechar em 90 dias”.

Como consequência, todos estavam com medo de tomar uma decisão, porque eles não conseguiam imaginar o que Yuri queria fazer naquela semana. Alguns dos engenheiros, percebendo que o fundador declarava que eles estariam acabados em 90 dias, já estavam atualizando seus currículos. A empresa já ganhava reputação como uma companhia sem uma estratégia coerente.

Eu encolhi quando vi isso – Parecia comigo em início de carreira. Eu voltava das visitas a clientes convencido de que agora eu havia encontrado a solução “definitiva” para o futuro da empresa, e o caos reinava.

Para a infelicidade da empresa do Yuri, enquanto haviam outros três fundadores, ele era o CEO e nenhum dos outros tinha a moral para dizer a ele que os seus “insights” estavam derrubando a empresa.

Então, quando tivemos alguns minutos a sós, alertei a ele que ele estava usando a expressão “pivotar” e confundindo com “o que der na cabeça em determinado momento”. Eu disse a ele, “você precisa perceber que você não é mais só um grande engenheiro; 30 pessoas largam tudo o que estavam fazendo, quando você faz aqueles pronunciamentos.”

 

Pivô como desculpa

Eu não fiquei surpreso quando ele retrucou, “Eu só estou saindo do prédio e ouvindo os clientes. Tudo que estou fazendo é pivotar baseado no feedback deles.” Agora eu tinha ouvido isso mais vezes do que eu gostaria. “Yuri, uma das coisas que fizeram você um grande fundador é que você teve insights que outros não tiveram. Mas como todo grande fundador alguns desses insights eram simples alucinações. O problema é que você e outros fundadores precisam agir imediatamente toda vez que você tem uma nova ideia.”

“Isso é um erro.”

 

 

Pivotar é uma mudança substancial em um ou mais componentes do seu modelo de negócios. Você está usando “pivotar” como desculpa para pular a parte difícil – permanecer focado na sua visão inicial e modelo de negócios, integrando o que você tem ouvido apenas se você acredita que isso vai melhorar o seu modelo de negócios. Não há caminho possível para armazenar informação suficiente na base de um pivô baseado no feedback de 1 ou 20 clientes. Você precisa garantir que essa seria a melhor direção do que a que você está indo.”

 

Sente aqui por um momento

Eu disse. “Reflita sobre seus insights por pelo menos 72 horas e veja se ele continuam interessantes. Melhor, durante esse tempo bata papo com alguém que você confia. Se não for um dos seus co-fundadores, alguém fora da empresa.”

Eu apliquei isso a uma empresa minha. Meu sócio Ben era o primeiro que eu buscava sempre que tinha um insight novo. E nós dissecávamos aquela ideia antes de qualquer outra pessoa saber sobre ela. Na maioria das vezes, depois desses dias de reflexão, aqueles insights não se mostravam muito melhores do que o caminho que já estávamos tomando. Ou, naquele momento, outros clientes nos diriam algo completamente diferente. E a regra era: nós nunca mudaríamos nada até que Ben e eu concordássemos. O que exigia que Ben ouvisse o mesmo cliente que eu ouvi.

 

Mudanças na proposta de valor por último

 

Segundo, Yuri precisava reconhecer que mudar a proposta de valor – as características dos produtos e serviços que ele oferecia – era menos traumático para uma startup do que mudar outras partes do modelo de negócios.

Yuri deveria se certificar que não havia nenhuma outra parte do modelo de negócios (modelo de receita, preço, parceiros, canais, etc.) que não poderia mudar antes dele declarar “estamos fazendo o produto errado”.

Na busca para encontrar a equação correta entre a proposta de valor e o segmento de clientes (product/market fit) o produto tem que ser a última parte que você deve pensar em mudar – não o primeiro – pois o custo de mudar o produto é alto.

E para ter certeza que todos soubessem o que estavam fazendo, ele deveria considerar revelar tudo para a empresa inteira “não se preocupem quando eu falo em mudar nosso modelo de negócios toda semana – Essa é uma forma natural de busca – só se preocupem se eu falar em mudar a proposta de valor todo mês.”

 

Encontre um companheiro de brainstorm

Finalmente, eu sugeri que ele encontrasse alguém que ele respeitasse entre os integrantes do Conselho, com quem ele se sentiria confortável para ter uma reunião de brainstorm e que diria a ele quando uma ideia fosse ruim.

Yuri ficou quieto por um momento. Eu não estava certo de que ele havia ouvido o que eu disse, até que ele falou “Esperar por 72 horas? Eu posso fazer isso. Agora eu posso ligar para você quando tiver uma ideia nova?”

 

Lições aprendidas

-Fundadores são bons em ver coisa que outros não veem – Mas por várias vezes essa visão é alucinação

-Fundadores querem agir imediatamente – frequentemente eles chamam isso de pivô

-Um pivô não deveria ser uma desculpa para a falta de uma estratégia coerente ou falta de controle impulsivo

-Desconecte seus insights da sua boca por 72 horas

-Se você prevalecer frente aos seus co-fundadores não há freios para você

-Seus sócios não são companheiros de brainstorm – procure outros em quem você confia

 

Texto Original (em inglês)

 

Steve Blank

Criador da metodologia “Customer Development” (base do Lean Startup), professor em Stanford, Berkeley e Columbia.

 

As seis lições de ouro de empreendedorismo de Eric Ries

Quem nunca desejou algumas lições chave para comandar um negócio? Eu sim, principalmente quando estava começando.

Ao longo da minha minha experiência de quase 20 anos como startuper, compreendi algumas questões importantes sobre fazer negócios (e lidar com a vida, diga-se de passagem). Aqui vai algumas delas:

  • Não basta escolher um mentor que guiará suas ideias, mas sim optar por aquele que melhor se afina com seus objetivos
  • faça uma triagem de quais ensinamentos são os mais relevantes. Nem todos se encaixam ao seu contexto, por mais floreados que sejam
  • invista sua aprendizagem em dois tipos de ensinamentos: a) generalistas e aplicáveis para diversos contextos e b)específicos, de acordo com suas demandas

Raramente você encontrará, reunidos em um só autor, todas as respostas de que precisa. Alguns poucos possuem a hábil capacidade de repassar, com precisão e simplicidade, as regras essenciais para levar uma startup ao sucesso. Um dos empreendedores que são capazes de realizar esse tipo façanha é Eric Ries.

O empreendedor é um guru para todo aquele que tem interesse em iniciar uma startup do zero e colocar sua criatividade para funcionar. Não à toa sua máxima “Comece pequeno e aprenda rápido” se tornou um mantra.
O autor do best-seller “A Startup Enxuta” esteve pela primeira vez no Brasil no mês de outubro de 2015, palestrando durante o HSM ExpoManagement. Durante sua apresentação compartilhou alguns insights e reflexões adquiridas em mais de duas décadas como empreendedor. Confira:

01. Faça as perguntas certas

A pergunta que determina o sucesso ou não de uma startup não é “Isso pode ser feito?”, e sim “Isso deve ser feito?”. Como seu produto mudará a vida das pessoas? Elas estariam dispostas à comprá-lo?”

02. Startup é sempre um teste

O empreendedor faz uma crítica sobre como as startups elaboram seus planos de negócio, atribuindo grandes expectativas de lucros astronômicos, que na maioria das vezes, não é realista. “Cada investimento feito em uma startup é um experimento, para ver se as pessoas de fato querem aquele serviço”, ele explica.

03. Por que tantas Startups morrem?

Eric Ries resume: “As empresas fracassam porque não conhecem quem de fato é o seu cliente”. Quanto mais cedo o empreendedor entrar no mercado e buscar contato com seu cliente, maiores são as chances de sobrevivência do negócio.

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04. Empreendedorismo e gestão

Uma startup é uma empresa, logo o objetivo não é apenas criar um produto, mas também uma instituição duradoura. Eric diz que é preciso abandonar o estereótipo de que a startup é formada por “dois caras em uma garagem”.
No entanto, considerando o cenário de incertezas, natural às startups, as técnicas tradicionais de gestão não funcionam. “Não é o tipo de coisa que se aprende em um MBA”. Isso é o que o autor chama de “aprendizagem validada”, questão abordada em seu livro.

05. Reveja sua estratégia sempre

“Existe uma estratégia diferente que me faria chegar à minha visão?” Um dos segredos do sucesso de muitas startups é saber mudar sua estratégia, sem mudar sua visão. O empreendedor recomenda que no começo de qualquer negócio, ocorram reuniões periódicas para avaliar se a estratégia utilizada está sendo bem-sucedida.

Leia também: Três poderosas perguntas para descobrir seu propósito de vida

06. Não vale a opinião, mas a ação do cliente (sempre!)

Um dos pilares da metodologia lean é a validação do produto, saber se existem clientes para seu negócio. Isso é feito através de um protótipo do produto, o chamado produto viável mínimo (MVP, em inglês), apresentado à possíveis consumidores.
A reação desse consumidores irá orientar seu aprendizado e as adaptações futuras. Eric, no entanto, ressalta que “pedir a opinião dos clientes não é científico. Científico é saber como eles vão se comportar diante de seu produto.”
Em outras palavras, ser parabenizado pelo seu produto ou receber empatia do seu cliente é algo vago. O que valida sua ideia são ações mais concretas, como, por exemplo, o cliente estar disposto à pagar antecipado pelo produto que nem foi lançado ainda.

Texto adaptado. Leia o original AQUI

 

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