Bertha Benz, casada com Karl, decidiu fazer a publicidade do Patent-Motorwagen de maneira única—ela tomou o Patent-Motorwagen Nr. 3, supostamente sem o conhecimento de seu marido, e dirigiu-o na primeira viagem a longa distância de automóvel, a fim de demonstrar sua viabilidade como meio de viagem a longas distâncias.

A viagem ocorreu no início de agosto de 1888, quando a senhora empresária levou seus dois filhos Eugen e Richard, quinze e quatorze anos de idade, em um passeio de Mannheim passando por Heidelberg e Wiesloch (onde ela comprou benzina como combustível em uma farmácia da cidade, fazendo-a o primeiro posto de combustível da história) até sua cidade natal Pforzheim.

Além de ser motorista, Bertha também foi mecânica, limpando o carburador com o alfinete de seu chapéu e usando uma jarreteira para isolar um fio. Ela reabasteceu na farmácia local de Wiesloch e quando os freios estavam gastos pediu a um sapateiro local para costurar couro no bloco de freio, e assim fazendo inventou a lona de freio durante a viagem. Isto mostra que Bertha Benz tinha conhecimento técnico e espírito inventivo.

Após enviar um telegrama a seu marido ao chegar a Pfrzheim, passou a noite na casa de sua mãe e voltou para casa três dias depois. A viagem total foi de 194 km.

Na Alemanha um desfile de automóveis antigos comemora esta viagem histórica de Bertha Benz a cada dois anos. Em 2008 a Bertha Benz Memorial Route foi oficialmente reconhecida como uma rota de herança industrial da humanidade. Agora todos podem seguir os 194 km sinalizados de Mannheim via Heidelberg a Pforzheim (Floresta Negra) e retorno.

O que poucos sabem é que naquela época ninguém acreditava no automóvel e percorrer 194 km com aquela geringonça era algo impensado, principalmente para uma mulher. O feito da senhora Benz (única investidora do projeto do marido) ainda é mais notável ao perceber que ela não só provou ser possível percorrer grandes distâncias como criou diversas soluções inovadoras para aquele invento.