A maior escola online de startups do Brasil

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Tel Aviv tem uma start-up a cada 431 moradores. Qual o segredo de Israel?

Israel é um país marcado por conflitos religiosos e políticos, mas tem conseguido por meio da tecnologia chamar a atenção pela grande concentração de start-ups. O país, com cerca de 8 milhões de pessoas, tem 6.135 empresas de alta tecnologia que empregam 300 mil profissionais. Só de start-ups são 3.389 e quase 20 mil trabalhadores. Na capital, Tel Aviv, por exemplo, há uma start-up para cada 431 moradores.

O país alcançou o segundo lugar em quantidade de start-ups por habitantes, atrás somente dos Estados Unidos, de acordo com o Startup Genome.

“Estamos falando de um país muito pequeno, mas altamente tecnológico”, destaca Michel Hivert, diretor administrativo do Matimop, órgão vinculado ao Ministério da Economia. O setor de tecnologia responde por 40% das exportações de Israel. Entre 2010 e 2013, foram gerados cerca de US$ 3,3 bilhões em negócios –valor equivalente a 1% do Produto Nacional Bruto israelense.

As start-ups chamam a atenção do mercado nos últimos anos, desde que o Waze, foi comprado pelo Google em 2013 por US$ 1 bilhão. O ano de 2014 foi recorde para elas, foram 18 IPOs no valor de US$ 9,8 bilhões e 52 fusões e aquisições no valor de US$ 5 bilhões, segundo a PcW Israel.

Hoje, o país já ganha mais com ciber-segurança do que com exportação de armas.

Estímulo acadêmico

O índice de habitantes com alta escolaridade e a relação próxima das universidades com o mundo da inovação são apontados como razões para que a cidade histórica tenha se tornado polo tecnológico.

Cerca de 48,8% dos israelenses entre 35 e 44 anos têm ao menos ensino superior completo. Israel fica atrás apenas do Canadá e do Japão, segundo dados do IVC Research Center. Atualmente, de acordo com os dados do Ministério das Relações Exteriores do país, metade dos israelenses entre 20 e 24 anos está matriculada em alguma instituição de ensino superior.

Muitos israelenses já têm contato com o desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas de segurança de informações durante os anos de serviço militar obrigatório. E o estímulo continua no ambiente universitário.

A Universidade Hebraica de Jerusalém, por exemplo, tem uma empresa responsável pela comercialização das invenções e patentes produzidas por estudantes e pesquisadores da instituição, a Yissum, criada há 52 anos. Foi a primeira universidade no mundo a criar uma companhia com essa finalidade.

O Exelon, medicamento usado para inibir a progressão do Alzheimer em estágio inicial, é resultado da pesquisa da professora Marta Weinstock-Rosin, do departamento de Farmácia da Yissum, e desenvolvido pela Novartis. O remédio, em cápsulas ou adesivo, é o único aprovado pela FDA (Anvisa norte-americana) para tratar dessa doença e é comercializado no Brasil desde 2014. O retorno em royalties com o Exelon foi de US$ 1 bilhão até 2011.

O “novo Vale do Silício” atrai investidores de risco de diversos países e tem até empresas especializadas em captar esse tipo de recurso. A JVP (Jerusalem Venture Partner) é um exemplo. A companhia funciona como uma ponte entre as start-ups e os investidores, e já lucrou cerca de US$ 1,1 bilhão desde quando foi criada, em 1993.

Entre seus clientes, está a CyberArk, especializada em bloquear ataques hackers contra grandes empresas. Criada em 1999, foi responsável por uma das maiores ofertas públicas iniciais de ações em 2014 na Nasdaq. Em três dias na bolsa, seu valor subiu 85% e chegou a US$ 880 milhões. Atualmente a empresa vale US$ 2 bilhões.

Escrevemos um artigo para você que quer aproveitar tudo que o Vale do Silício pode oferecer gastando pouco, para acessar basta seguir para o endereço: http://www.acelerastartups.com/br/vale-do-silicio/

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Meio milhão de profissionais de TI para a Europa em 2017

As Tecnologias de Informação (TI) continuam a solicitar cada vez mais profissionais. As previsões chegam a 900 mil em 2020. Portugal precisa de, pelo menos, 15 mil.

António Mira, diretor das divisões da indústria da Siemens Portugal, afirma em entrevista, que, “em 2015, a Europa fechou o ano com uma lacuna de aproximadamente 340 mil profissionais de TI”, para 2017 “esta necessidade aumentará para praticamente 650 mil” e acrescenta que a Comissão Europeia “prevê que, até 2020, sejam mais de 900 mil as ofertas de emprego na área das TI, em toda a Europa”.

Já para Portugal, as estimativas apontam para “15 mil” o número de profissionais necessários nesta área. Em entrevista, o responsável da Siemens Portugal afirma ainda que as engenharias – áreas da indústria, energia e infraestruturas – são uma garantia de empregabilidade e cita o bastonário da Ordem dos Engenheiros quando, há cerca de um ano, referia que “há pouco mais de 3% de desemprego no setor”, quando o desemprego jovem está em 30%.

Que razões levam a uma redução do número de alunos portugueses que optam pelas vertentes científicas e tecnológicas no ensino secundário?

Parece que os jovens estão ainda um pouco desatentos para as áreas da engenharia, ou porque desconhecem as suas potencialidades em termos de carreira e os seus incentivos, como a maior taxa de empregabilidade, ou porque as consideram aborrecidas e pouco apelativas. Por isso temos colaborado com várias universidades para fazer conhecidas as áreas em que atuamos – Indústria, Energia e Infraestruturas – e contribuir para atrair os melhores talentos para estes setores. Mas ainda há um caminho a percorrer. Há cerca de um ano, por exemplo, o bastonário da Ordem dos Engenheiros referia que há pouco mais de 3% de desemprego no setor, quando o desemprego jovem ultrapassa os 30%. Outro exemplo que não nos cansamos de dar é o da ATEC, da qual somos uma das empresas fundadoras. Esta Academia de formação tem taxas de empregabilidade na casa dos 80%. Indicadores como estes nos leva a crer que os jovens deviam olhar com mais atenção para estas vertentes científicas e tecnológicas quando estão planejamento sua trajetória acadêmico e profissional. Além disso, nem só de projetos se faz a engenharia. Foram engenheiros com recurso a software da Siemens que desenharam o carro de fórmula 1 da Red Bull e o Mars Rover que aterrou com sucesso em Marte. A promoção de projetos como estes também pode encorajar os jovens a olhar para a engenharia com outros olhos.

Há falta de promoção das engenharias por parte do Estado?

O incentivo à engenharia tem que começar desde cedo, na formação de base e isso está acontecendo através de várias iniciativas que unem as instituições de educação e as empresas privadas. Agora para termos uma indústria 4.0 competitiva, também temos que promover uma educação 4.0 que esteja adaptada a esta nova realidade e à forma como esta transformação está acontecendo. O Estado tem dado demonstrações claras de que quer apoiar e incentivar esta industria digital e, exemplo disso, é a criação de um Comité Estratégico para Indústria 4.0. do qual a Siemens também faz parte. Através desta iniciativa, o Governo quer posicionar o País na “linha da frente” da quarta revolução industrial e quer que as empresas ajudem a definir as prioridades em matéria de digitalização da economia.

Alguns países divulgam rankings de técnicos superiores necessários num horizonte temporal definido. Portugal também deveria fazer isso? Divulgando, por exemplo, o número de engenheiros, ou de outra especialidade, necessários durante a próxima década?

Penso que esses números são conhecidos. Em 2015, a Europa fechou o ano com uma lacuna de aproximadamente 340.000 profissionais de TI, segundo os números que foram tornados públicos. Para o ano que vem, em 2017, esta necessidade aumentará para praticamente 650.000. E a Comissão Européia prevê que até 2020 sejam mais de 900 mil as ofertas de emprego na área das TI, em toda a Europa, e em Portugal o número de profissionais necessários poderá chegar aos 15 mil, segundo estimativas. Ao analisar estes indicadores torna-se claro que temos que acelerar o passo, para reduzir esta lacuna e potenciar a indústria nacional.

A informatização vai afetar todas as áreas de atividade, da indústria à agricultura, passando pelos serviços. Não acha que falta mais informação sobre esta “ameaça” que também pode ser interpretada como uma “oportunidade”?

Na visão da Siemens, a informatização dos diferentes setores de atividade traz enormes oportunidades, porque estes podem ser mais produtivos e eficientes e, consequentemente, mais competitivos. Até as diferentes “ameaças” que têm sido identificadas podem ser desmitificadas. Vejamos a temática dos recursos humanos na Indústria, por exemplo. A nossa mais moderna fábrica de componentes eletrônicos em Amberg, na Alemanha, emprega 1200 colaboradores – um número que se mantém sem grandes alterações há 25 anos. Contudo, a produção da fábrica aumentou oito vezes e já tivemos de construir novas fábricas. Portanto, criaram-se novos postos de trabalho – incluindo na área da Investigação e Desenvolvimento, mas também em setores cujas atividades são mais simples. Ao aumentar o nível de automação os recursos humanos são alocados em novas áreas – continuam sendo necessários – o que muda são as qualificações e características pretendidas. A qualificação dos recursos humanos, nesta área, em Portugal, está dando importantes passos. As instituições de ensino estão investindo, não só por ser uma tendência de mercado, mas porque constataram que as empresas procuram recursos com este tipo de competências. Existem vários exemplos que podemos mencionar: o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, da Universidade Nova de Lisboa, que está a lecionado uma pós-graduação em Digital Enterprise Management, ou a ATEC, que mencionei anteriormente, que acabou de lançar um curso na área da cibersegurança.

Artigo publicado originalmente aqui

carro-autônomo-uber

Uber lança seu primeiro carro autônomo

O Uber finalmente lançou a primeira foto oficial dos carros autônomos que está testando nas ruas de Pittsburgh, quase um ano depois desde que divulgou pela primeira vez um protótipo anterior. O carro, um Ford Fusion Hybrid, está recolhendo dados de mapeamento, testando suas capacidades de auto-condução, e está equipado com “radares, scanners a laser e câmeras de alta resolução para mapear detalhes do ambiente”, diz a startup em seu blog.

Embora o carro seja capaz de coletar os dados por conta própria, há sempre um motorista junto, para monitorar as operações do veículo. As informações são do The Verge.

“Enquanto o Uber ainda está nos primeiros dias de nossos esforços de auto-condução, cada dia de testes leva a melhorias”, diz a empresa. “Neste momento, estamos focados em obter o direito de tecnologia e garantir que é seguro para todos na estrada – pedestres, ciclistas e outros motoristas”.

Além disso, o ambiente diverso de Pittsburgh torna a cidade um bom lugar para testes, já que apresenta uma série de obstáculos para que os carros autônomos naveguem. John Bares, chefe do ATC – Centro de Tecnologia Avançada do Uber, em tradução – , disse ao Tribune-Review que “ruas estreitas e íngremes da cidade, estacionamentos desorganizados, tempo chuvoso, neve e infraestrutura envelhecida fizeram da cidade um lugar desafiador para testar a tecnologia de auto-condução.”

Embora o Google tem sido a empresa que é mais transparente sobre o teste de seus carros autônomos, o Uber é o maior especialistano campo e está acompanhando de perto este mercado. A suposição é que os carros que dirigem sozinhos, quando totalmente prontos, serão inicialmente colocados para uso como aluguel de veículos.

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economia global

“As empresas precisam inovar para o mundo e não para o mercado interno”

Carlos Américo Pacheco, diretor do CNPEM, afirma que a política pública de inovação faliu. As empresas, diz, precisam inovar para o mundo e não para o mercado interno.

O engenheiro, físico e matemático Carlos Américo Pacheco é um dos maiores especialistas brasileiros em inovação. Entre o fim de 2011 e o início de 2015, foi reitor do prestigiadíssimo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde se formou em engenharia eletrônica, em 1979. Hoje, dirige o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que reúne laboratórios em áreas como energia, física de partículas e nanotecnologia. Pacheco acredita que o modelo atual de política pública para a inovação se esgotou. “Repensá-lo é um dever e uma oportunidade”, diz. Ele defende uma redefinição de alvo. Hoje, estamos voltados para o nosso umbigo. Deveríamos olhar para fora. “Se nossas empresas forem inovadoras para o mundo, serão para o mercado interno, enquanto o contrário não é verdadeiro.”

Qual o efeito da crise sobre a inovação?

A atual crise já deixou de ser uma recessão para se transformar em uma depressão. Não temos perspectivas. Nesse cenário, com restrição de investimento, as empresas reduzem as verbas de pesquisa e desenvolvimento [P&D]. A crise também evidenciou o esgotamento das políticas públicas de inovação. Temos de repensá-las por completo.

O que precisa mudar na política de inovação?

Desde 1999, vivemos um ciclo baseado na criação dos fundos setoriais. O modelo se esgotou. De um lado, ele aumentou a demanda empresarial e acadêmica por recursos. De outro, enquanto cresceram as receitas vinculadas a esses fundos, o governo reduziu aportes em ciência e tecnologia. Há, então, uma crise de financiamento. Também ficou evidente que a maneira como o setor público aloca esse dinheiro é pouco eficaz.

Por quê?

A inovação no Brasil não avança. Tudo continua igual há 15 anos. O governo brasileiro gasta cerca de 0,6% do PIB em P&D. Isso é mais ou menos o que a maioria dos países gasta, inclusive os Estados Unidos e o Japão. O problema é que, aqui, o setor privado também gasta 0,6% do PIB. Em outros países, essa participação vai de 1,4% a 2%. Dito assim, parece que o governo faz a sua parte e as empresas, não.

Não é isso?

Não. No Brasil, cada dólar investido pelo governo atrai o investimento de menos de um dólar da iniciativa privada. Em outros países, como nos Estados Unidos, para cada dólar investido pela administração pública, quatro são alavancados. Isso mostra que nossa política de inovação não gera resultado.

O setor privado também tem responsabilidade no problema?

Sim, mas temos um cenário econômico negativo. O grosso do gasto em P&D é feito pela indústria, que encolheu no Brasil. Além disso, uma empresa com importância gigantesca no desempenho privado da inovação, que é a Petrobras, está na situação que está. No geral, também falta um comprometimento de todos os níveis das empresas com a inovação, dos mais simples até o CEO.

Por que é difícil implantar essa cultura nas empresas?

Nossa trajetória de industrialização explica um pouco isso. Não podemos reclamar do passado. Fomos exemplo para o mundo. O Brasil foi o país que mais cresceu em termos industriais em todo o século 20. As pessoas vinham aqui copiar o nosso modelo. Os coreanos vieram; os indianos também. Na década de 70, crescemos a um ritmo alucinante, mas sempre voltados para o mercado doméstico. Nas empresas brasileiras, a estrutura de mercado e de concorrência sempre foi voltada para dentro. Precisamos, agora, de projetos que olhem para o mundo. Isso vale para todas as áreas. Se conseguirmos mudar de alvo, a tendência é que criemos conglomerados eficientes. Vamos sair da simples produção de grãos ou carne em direção a toda a cadeia proteica dos alimentos processados.

Como deve ser o novo sistema de incentivo à inovação?

Nosso sistema de fomento à ciência é muito calcado em bolsas e em pós-graduação. Isso teria de ser revisto. Mas com calma. O melhor é olhar a experiência internacional. Poderíamos fazer alguns projetos mobilizadores de fôlego, com consórcios entre setor público e privado, empresas e academia. Seriam projetos de médio e longo prazo, com grandes ambições. Eles, como eu disse, devem olhar para fora. Se nossas empresas forem inovadoras para o mundo, serão inovadoras para o mercado interno, enquanto o contrário não é verdadeiro.

De que forma a inovação ajudaria na retomada da economia?

Com empregos. Nos últimos anos, crescemos gerando empregos de baixa qualificação. Foi positivo para reduzir as desigualdades e para criar oportunidades, mas não melhorou a estrutura do trabalho no país. Nós não geramos emprego mais qualificado por causa da queda da indústria. É ela que paga salários melhores em comparação com os demais setores.

E no curto prazo?

O Brasil está travado. A coisa mais importante seria promover um choque de produtividade.

Quais os destaques do Brasil em inovação?

A Havaianas, da Alpargatas, é um negócio esplêndido. Reúne tudo: tecnologia, marketing, design. A Embraer é outro sucesso mundial. É um sucesso de engenharia. Não ganhou mercado pelo baixo custo das aeronaves ou porque o processo de produção é mais eficiente. Ganhou porque a engenharia é campeã. Mas temos poucos exemplos como esses.

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Conheça o “Uber da gasolina” e a polêmica que o serviço está gerando nos EUA

Abastecer o tanque do carro, para nós, meros mortais este não é um sacrifício assim tão grande, mas ao que parece, alguns preferem pagar para terem quem o façam por eles.

 

O serviço de entrega de combustível tem-se popularizado em algumas cidades dos EUA nos últimos meses, como por exemplo, São Francisco, Los Angeles, Palo Alto, Nashville, Tennessee e Atlanta, Georgia, graças a empresas como a Filld, WeFuel, Yoshi, Purple e Booster Fuels, num país em que esse tipo de negócio gera anualmente mais de 500 bilhões de dólares.

 

Através de uma aplicativo para smartphones, o cliente pode efetuar um chamado (periódico ou não; no mínimo com 1 hora de antecedência), e na hora marcada, a empresa desloca-se para fazer o abastecimento do carro. O combustível é armazenado num caminhão tanque equipado com dois extintores de incêndio, baldes com produtos destinados a absorver vazamentos, cones de trânsito e uma impressora para a impressão de faturas.

 

O serviço está crescendo nos EUA, e como tal, as empresas têm vindo a otimizar os seus modelos de negócio para corresponder à procura. Por exemplo, a Purple já tem uma frota de mais de 80 veículos, e a WeFuel está desenvolvendo uma tecnologia que permite à empresa saber quando é que o tanque do veículo dos seus clientes entra na reserva.

 

Já a Booster Fuels (nas imagens) tem um fundo de investimento de mais de 10 milhões de euros e caminhões com 3 785 litros de capacidade (cada um).

 

uber da gasolina

 

E o preço?

 

Por cada abastecimento estas empresas cobram uma taxa de 5 dólares. O preço do combustível praticado é abaixo dos postos convencionais.

 

Apesar do sucesso, nem tudo são flores. Com a crescente popularidade deste serviço, levantaram-se questões legais relacionadas a segurança do transporte de combustível. Para Jonathan Baxter, representante dos Bombeiros de São Francisco, o transporte de combustível é extremamente perigoso e ilegal.

 

Já para Daniel Curry, representante dos Bombeiros de Los Angeles, é mais prudente: “Estamos equacionando de que forma o serviço poderá ser permitido com algumas restrições… É uma daquelas coisas que ainda ninguém pensou – tal como aconteceu com a Uber. O que posso dizer é que segundo a nossa legislação, (em serviço) não é permitido”.

 

Artigo publicado originalmente aqui

Lynda Weinman

Como Lynda Weinman conquistou 5 milhões de clientes com uma nova forma de educar

No mundo do empreendedorismo não faltam histórias de sucesso que servem de inspiração. Hoje queria falar um pouco sobre a protagonista de uma dessas histórias: Lynda Weinman

 

Lynda Weinman é uma das grandes figuras que fizeram parte da história da internet. Desde cedo apresentava interesse pela educação, sendo uma aluna com ótimas notas em seu currículo escolar.

 

No entanto, algo a incomodava na forma como a forma de educar era abordada. Em sua adolescência leu o livro que provocaria uma grande mudança em sua vida, um livro sobre uma escola na Inglaterra que ensinava de um jeito bem diferente ao abordado na escola pública que estudava.

 

Basicamente, aquela escola inglesa permitia que as crianças avaliassem e escolhessem qualquer assunto que quisessem aprender, e acreditava que se não forçassem os estudantes a irem para a escola, eles desenvolveriam um senso de automotivação e amor pelo aprendizado que não poderia desenvolver de outra forma.

 

Em 1995, Lynda lançou o Lynda.com, no início da era “ponto com”. O site servia de suporte e complemento aos livros que ela publicou na área de design e internet. Assim como todo empreendedor, Lynda também passou por um momento difícil. Ele aconteceu quando a bolha da internet estourou, o que provocou uma queda crítica nos negócios.

 

escola online para startups

 

O Ponto de Virada

 

“[…] alguém me enviou um artigo da Forbes que dizia que aprendizado online é um mercado de 107 bilhões de dólares, e o que era chocante nisso era que a maior parte era sobre a minha companhia, Lynda.com, […] e a única foto em todo artigo era uma foto minha.”

 

O modelo de negócio do Lynda.com foi repensando. E se tornou uma plataforma de educação quando decidiu colocar na internet seus vídeos e de outros profissionais sobre os diversos temas. O usuário pagava uma mensalidade e tinha acesso à biblioteca digital.

 

O diferencial da plataforma, como definido pela fundadora é que ao invés do Lynda.com ser uma “sala de aula”, com pessoas de diferentes níveis, temperamentos, históricos e experiências, tendo que aprender da mesma forma, ele é uma biblioteca, onde as pessoas se reúnem e cada um aprende aquilo que lhe interessa e está de acordo com sua necessidade.

 

No primeiro mês, 30 pessoas pagavam pelo serviço. Ao final do primeiro ano, eram mais de 1000. Hoje, a plataforma possui mais de 5 milhões de usuários. Mas isso levou muito tempo… “É um sucesso ‘do dia para noite’ que levou 20 anos”

 

Por fim, em abril desse ano a rede social LinkedIn comprou o lynda.com por aproximadamente US$ 1.5 bilhão de dólares.

 

A história de Lynda Weinman e outras trajetórias inspiradoras estão disponíveis na Tv Acelera. Já acessou sua Tv hoje?

Girls in Tech Brazil promove prêmio para startups criadas por mulheres

A Girls in Tech Brazil realizará em 11/05, 18h30, a sua 1ª edição do Lady Pitch Night (LPN), competição de negócios ainda em estágio inicial cujo foco são as startups fundadas ou co-fundadas por mulheres. O evento acontecerá no espaço Cubo Coworking, em São Paulo e conta com a parceria de divulgação da plataforma incast e sua CEO Vera Kopp.

A exemplo do sucesso das edições LPN Europe e do LPN USA, o Lady Pitch Night Brazil visa tornar-se um evento referência obrigatória para mulheres empreendedoras da área de tecnologia de todo o país, reforçando o empoderamento e o engajamento da classe.

Além da rodada de pitchs, que contará com premiação para a vencedora e finalistas, o encontro terá talks de ícones das áreas de tecnologia e empreendedorismo. Outro ponto alto da premiação será a presença da Fundadora e CEO da Girls in Tech Global, Adriana Gascoigne, uma das maiores incentivadoras da educação tecnológica das mulheres ao redor do mundo.

A plataforma www.incast.com.br foi uma das selecionadas a fazer o pitch entre 10 finalistas. inCast conecta profissionais criativos (ator, apresentador, modelo, diretor, fotógrafo e afins…), com oportunidades de trabalho no Brasil e em Hollywood, tem incentivado a Girls in Tech, entrando como apoio na divulgação em prol do empreendedorismo feminino. A CEO da inCast, Vera Kopp, também empreendedora e motivada em apoiar projetos com foco no empreendedorismo feminino diz que “nós mulheres somos ainda um percentual muito pequeno em comparação com o número de homens em Startups, e um número ainda menor em comparação ao número de empresas investidas com liderança de uma CEO mulher, está na hora de mudarmos estes números”.

“Quando se fala de mulheres e tecnologia, a premissa é a ausência de mulheres nessa indústria e todos desafios e mal entendidos em torno da questão. Embora isso seja verdade, a boa notícia é que na contramão desses problemas, surgem a cada dia mulheres empreendedoras e inovadoras de sucesso na tecnologia que estão à frente de projetos incríveis, que merecem ser conhecidos e reconhecidos. O Prêmio Lady Pitch Night é uma iniciativa da Girls in Tech Brazil que visa criar uma ótima oportunidade para que o público em geral e também os principais players do empreendedorismo como investidores, mídia e empresas possam conhecer projetos novos na área de tecnologia desenvolvidos em startups fundadas ou co-fundadas por mulheres. Para as empreendedoras é uma ocasião única para networking e visibilidade nacional e internacional”, comenta a co-diretora executiva do Girls in Tech Brazil, Estelle Rinaudo.

Durante o Lady Pitch Night, um dos principais eventos promovidos pelo Girls in Tech, as empreendedoras farão um pitch da sua startup de tecnologia em estágio inicial no palco para um painel de investidores e jurados experientes para serem avaliadas com base na capacidade de inovação e viabilidade. Entre os prêmios, estão uma viagem para São Francisco nos EUA, uso do coworking Plug, e outros benefícios dos nossos patrocinadores para a vencedora e as finalistas.

Para participar é necessário que os projetos sigam alguns critérios:

-Ter uma tecnologia desenvolvida (software, hardware, produtos móveis, etc.)
-Ter pelo menos uma fundadora mulher
-Estar sediada no país
-Ter até 3 anos de existência

O regulamento completo está disponível no site do Lady Pitch Night. O juri da competição é composto no momento por Flávio Pripas, diretor do espaço CUBO, Maria Rita S. Bueno, Diretora Executiva do Anjos do Brasil, Ana Fontes, fundadora da Rede de Mulher Empreendedora e outros a serem confirmados.

Lady Pitch Night

Data: 11/05, 18h30
Espaço CUBO, R. Casa do Ator, 919 – Vila Olímpia, São Paulo – SP.
Entrada: R$ 30 até o 30/03, R$ 45 até o 31/01 e R$ 65 até o dia do evento ou caso os ingressos esgotem.
Vendas: Somente pela internet em https://www.sympla.com.br/lady-pitch-night__56124

Sobre o Girls in Tech

O Girls in Tech (GiT) é uma iniciativa global sem fins lucrativos que busca promover o engajamento de mulheres que lidam com novas tecnologias. Composto por profissionais com capacidade para inspirar e liderar, é objetivo do grupo incentivar o crescimento da presença de mulheres inovadoras e empreendedoras no ambiente de tecnologia, criando condições para que tenham sucesso e que assumam posições de destaque nesse ecossistema.

Fundado em 2007 pela americana Adriana Gascoigne, o GiT hoje está presente em mais de 35 países. O formato de trabalho vem sendo estruturado para auxiliar mulheres em três pilares: educação formal (ensino médio), networking/mentoria e formação profissional. No Brasil, o GiT foi lançado em junho de 2013 em São Paulo, em agosto de 2015 no Rio de Janeiro quando unimos forças e iniciamos o Girls in Tech Brazil.

Se tiver alguma dúvida, basta entrar em contato com a assessoria da incast

Leticia Silvi (leticia@incast.com.br)
Vera Kopp (vera@incast.com.br)
+55 ­(11)­ 9 9684-2278 | ­(11)­ 4114-­2278 | ­(11)­ 3230-­9042
skype:equipe.incast

propriedade intelectual

INPI abre inscrição para Curso de Propriedade Intelectual à distância

Estão abertas as inscrições para o Curso Geral de Propriedade Intelectual à Distância – DL 101P BR – oferecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em parceria com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). As inscrições vão até o dia 29 de abril de 2016.

O curso, online e gratuito, será realizado de 09/05 a 29/06. Tanto a transmissão do conteúdo quanto as provas serão realizadas na língua portuguesa via internet. Para receber a certificação é necessário que o aluno acerte pelo menos 70% da prova final.

O DL 101P possui carga horária de 75 horas e apresenta uma visão geral sobre propriedade intelectual, com enfoque na legislação brasileira, como: Direitos Autorais, Patentes, Marcas, Indicações Geográficas, Desenhos Industriais, Proteção de Novas Variedades Vegetais/Cultivares, Concorrência Desleal, Informação Tecnológica, Contratos de Tecnologia e Tratados Internacionais.

As vagas são limitadas, e o prazo de inscrição está condicionado ao preenchimento das mesmas. Caso todas sejam preenchidas antes de 29 de abril, as vagas serão encerradas imediatamente.

Para se inscrever e ter mais informações sobre os Cursos à Distância do INPI, acesse http://www.inpi.gov.br/sobre/agenda-de-cursos, ou envie e-mail para ead@inpi.gov.br.

Artigo publicado originalmente aqui

Bitcoin

Bitcoin: Como funciona a tecnologia por trás da moeda virtual

No âmbito da moeda virtual Bitcoin, um blockchain é a estrutura de dados que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação. Cada transação é digitalmente assinada com o objetivo de garantir sua autenticidade e garantir que ninguém a adultere, de forma que o próprio registro e as transações existentes dentro dele sejam considerados de alta integridade.

A verdadeira mágica vem, contudo, através do fato dessas entradas digitais de registro serem distribuídas entre uma implantação ou infraestrutura. Esses nós e camadas adicionais na infraestrutura servem ao propósito de fornecer um consenso sobre o estado de uma transação a qualquer momento, pois todos esses nós e camadas têm cópias dos registros autenticados distribuídos entre eles.

Quando uma nova transação ou uma correção de transação existente é recebida, geralmente grande parte dos nós dentro de uma implementação de blockchain deve executar alguns algoritmos e, essencialmente, avaliar e verificar o histórico do bloco do blockchain individual que é proposto e, assim, chegar ao consenso de que o histórico e a assinatura são válidos, para depois permitir que a nova transação seja aceita no registro e um novo bloco seja adicionado à cadeia de transações. Caso a maior parte dos nós não reconheça a adição ou modificação da entrada de registro, tal entrada é negada e não é adicionada à cadeia. Esse modelo de consenso distribuído é o que permite que o blockchain funcione como um registro distribuído sem a necessidade de que uma autoridade central diga quais transações são válidas e (talvez mais importante) quais não são.

De fato, o blockchain pode ser configurado para trabalhar de várias formas, utilizando mecanismos diferentes com o objetivo de alcançar um consenso sobre transações e, em particular, definir participantes conhecidos na cadeia e excluir todos os outros. O maior exemplo da utilização de blockchain, esse na área do Bitcoin, emprega um registro público anônimo no qual todos podem participar. Para utilizações mais privadas do blockchain entre um número menor de atuantes, muitas organizações estão empregando blockchains para controlar quem participa da transação.

A falta de exigência de uma autoridade central o torna um registro ideal e uma solução de determinação ideal para relacionamentos de afiliados que são geralmente feitos em uma condição de 50/50 ou igualitária sem a provisão de um árbitro ou gerente. Realmente, fazer com que computadores verifiquem transações e as definam elimina a necessidade de câmaras de compensação e outros agentes de compensação, fornecendo a exclusão do intermédio na organização de negócios e geralmente reduzindo custos, melhorando a velocidade com a qual transações podem ser feitas, verificadas, definidas e registradas.

As assinaturas e verificações digitais dificultam visualizar um cenário onde um atuante mal intencionado possa causar uma fraude e introduz problemas que são caros de remover e sanar. A integridade criptográfica de toda a transação pendente, como também o exame de múltiplos nós da arquitetura do blockchain, protege contra ameaças e utilização mal intencionadas da tecnologia. (Dito isso, é importante notar que essa proteção de segurança nunca foi amplamente testada no mercado. Embora forte em uma base teórica, restam dúvidas sobre o quão bem as proteções funcionarão na realidade da economia digital que vivemos hoje).

Em resumo, o conceito de blockchain funciona muito bem para o acompanhamento de como os recursos se movem através de uma cadeia de suprimento, através de certos fornecedores e fábricas até às linhas de transmissão e transporte para chegarem até suas localizações finais.

Obstáculos para o blockchain

O maior problema com a tecnologia blockchain, atualmente, é que ela é complexa de aplicar, principalmente porque, como é típico em projetos de código aberto, existem vários projetos, cada um com suas próprias equipes e ideais. Casar toda a funcionalidade em uma aplicação prática é difícil.

“A única coisa que me faz parar e pensar sobre o Blockchain é a comunidade que desenvolve o código”, conta Matt Reynolds, especialista de desenvolvimento de aplicativos com blockchain. “O Bitcoin é de código aberto, mas a equipe que o administra não se comporta da forma que você idealmente gostaria que mantenedores FOSS trabalhassem. Eles se comportam mais como uma equipe de software que ‘não responde a ninguém’, e isso não é bom para os que utilizam a implementação Blockchain do Bitcoin em seus projetos próprios”.

O que é o Hyperledger?

O Hyperledger é um projeto que tenta unificar todas as abordagens de código aberto do blockchain que existem atualmente. A meta? De acordo com a página oficial do Hyperledger, “o projeto está desenvolvendo um framework de blockchain de propósito geral que possa ser utilizado em vários setores da indústria, dos serviços financeiros, varejo, fabricação e mais”.

O que é significativo sobre esse projeto, em comparação com os inúmeros e diversos projetos de código aberto que estão espalhados pela internet, é a participação da indústria e de grandes nomes por detrás dele. De acordo com o projeto, os membros fundadores da iniciativa incluem ABN AMRO, Accenture, ANZ Bank, Blockchain, BNY Mellon, Calastone, Cisco, CLS, CME Group, ConsenSys, Credits, The Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC), Deutsche Börse Group, Digital Asset Holdings, Fujitsu Limited, Guardtime, Hitachi, IBM, Intel, IntellectEU, J.P. Morgan, NEC, NTT DATA, R3, Red Hat, State Street, SWIFT, Symbiont, VMware e Wells Fargo.

As metas atuais do Hyperledger são as de combinar projetos em aplicações práticas de blockchain: o Rippled, um registrador distribuído publicamente escrito em C++ que lida com pagamentos entre diferentes moedas utilizando livros de ordem da Open Blockchain, da IBM, uma estrutura de baixo nível que implementa contratos inteligentes, recursos digitais, repositórios de registro, redes orientadas a consenso e a segurança criptográfica do Hyperledger, da Digital Asset, que é um servidor de blockchain pronto para implantação com uma API de cliente atualmente disponível para uso por parte de empresas de serviços financeiros. Ele funciona ao utilizar um registro de transação apenas de adição que é projetado para ser replicado entre múltiplas organizações separadas, todas sem um nexo de controle. (A empresa matriz, a Digital Asset Holdings, emprestou o nome registrado Hyperledger para o projeto de código aberto como parte de sua contribuição).

A gigante industrial da tecnologia IBM está contribuindo com centenas de milhares de linhas de código para o projeto Hyperledger enquanto deixa claro que acredita que a tecnologia aberta é a melhor forma de criar uma implementação verdadeiramente aplicável do blockchain para o mercado empresarial e de negócios atual. De fato, a IBM vê a tecnologia de blockchain e de registro como uma forma de deixar a internet mais ciente do comércio.

“Como uma iniciativa aberta e vasta, que inclui muitos especialistas diferentes da área do blockchain, o projeto Hyperledger avançará os padrões de blockchain abertos para utilização em muitas indústrias”, conta Jerry Cuomo, vice-presidente de blockchain da IBM. “Ao focar em uma plataforma aberta, não existe limite para os tipos de aplicações e frameworks que um dia serão criados com base nela”.

Claro que existem limites práticos para isso. “O problema com aplicações práticas do Blockchain é que é bem complexo de encontrar projetos que sejam genuinamente adequados”, conta Reynolds. “Existe muito do pensamento ‘Tenho um martelo, então isso precisa ser um prego’ com relação ao Blockchain. Ele é mais adequado para cenários onde os próprios dados são públicos, mas que você não quer precisar fornecer confiança explícita para entidades a fim de que atualizem os dados. Aplicações públicas ou regulatórias tendem a se adequar bem a isso”.

Dito isso, claramente existe um local para criação de um alicerce para comércio online distribuído baseado em registros na internet. Em uma nota na The Block Chain Conference, realizada em São Francisco, em fevereiro, o diretor Global de Ofertas de Blockchain da IBM, John Wolpert, disse que “precisamos evoluir a internet para deixá-la economicamente ciente, e essa internet não vai ser uma aplicação, ela será a estrutura”. Ele vê o Hyperledger como o projeto que está explorando a melhor versão dessas tecnologias, para construir essa estrutura.

Artigo publicado originalmente em IDGNOW!

MCTI lança Start-Up Brasil 2.0

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou, na última semana, nova etapa do programa Start-Up Brasil, batizada de Start-Up Brasil 2.0. O secretário de Política de Informática do MCTI, Manoel Fonseca, anunciou investimentos totais de R$ 40 milhões – R$ 20 milhões para aceleração de cem empresas nascentes de base tecnológica, R$ 10 milhões em apoio a startups de hardware e R$ 10 milhões de incentivo ao nascimento de ideias inovadoras. Segundo Fonseca, os três editais devem sair em 60 dias.

“Priorizamos a continuidade desse programa vencedor”, afirmou. “Tivemos muita discussão para formatar esse novo modelo, que incorpora a figura da mentoria técnica. Ou seja, vamos aproximar das nossas startups a contribuição de mestres e doutores. A ideia é fazer a integração entre academia e empresa”, explicou o titular da Sepin.

As empresas candidatas a participar da principal chamada, responsável por selecionar as turmas 5 e 6 do Start-Up Brasil, devem ter, no máximo, quatro anos de existência. Após serem escolhidas, as startups precisam negociar sua adesão a uma das 12 aceleradoras qualificadas pelo último edital do programa. A aceleração tem duração estimada de até 12 meses para empresas de software e 18 meses para as companhias de hardware, com apoio a pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), apoio à modelagem de negócios, participação em atividades de capacitação e programas de acesso ao mercado.

O coordenador-geral de Serviços e Programas de Computador do MCTI, José Henrique Dieguez, ressaltou a importância do desenvolvimento de itens físicos de computação para a nova etapa do programa. “Nós já temos empresas de hardware sendo beneficiadas e aceleradoras com ‘pegada’ de hardware, mas queremos dar apoio integral a partir de agora”, apontou. “Trabalhar com hardware significa dizer que você tem etapas mais complexas e que demoram mais e necessitam de mais investimento por conta disso.”

A segunda iniciativa prevê apoio adicional às startups de hardware. O auxílio complementa necessidades de PD&I e engenharia, tais como prototipagem, desenvolvimento de pré-produtos e testes – atividades reconhecidamente mais densas e complexas, que geralmente exigem mais tempo de maturação.

Já a terceira vertente estimula o surgimento de empreendedores em tecnologias da informação e comunicação (TICs), por meio do apoio a ações de concepção, em conjunto com incubadoras de empresas. A linha deve oferecer atividades como competições locais e testes de conceito.
Aproximação

Para o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Hernan Chaimovich, o Start-Up Brasil 2.0 representa “um desafio de criação, articulação e catálise”, ao aproveitar de forma “racional, inteligente e criativa” o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016) no diálogo entre empresas e universidades.

“A legislação permite, por um lado, perder o medo de investimento público em empresa privada e, por outro, a liberdade para o pesquisador do sistema público desenvolver no sistema privado sem perder a sua natureza”, disse.

O presidente da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), Ruben Delgado, lembrou que as três primeiras turmas de startups do programa receberam R$ 27 milhões de investimento público e R$ 89,7 milhões de origem privada: “Não há como não ficar honrado quando você vê que, a cada real da iniciativa pública, a iniciativa privada colocou R$ 3,30. É um número fantástico. Não há programa de governo com essa efetividade, tão exitoso e que tenha tanta credibilidade a ponto de a indústria somar essa quantia”, afirmou.

Criado pelo MCTI, o Start-Up Brasil é um programa do governo federal com gestão operacional da Softex, em busca de agregar um conjunto de atores e instituições em favor do empreendedorismo de base tecnológica. As chamadas nacionais e internacionais ocorrem pelo CNPq e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), respectivamente. Desde 2012, a iniciativa apoiou 183 empresas, distribuídas em quatro turmas, oriundas de 17 estados e 13 países. A ação integra o Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior).

Fonte: MCTI

Publicado originalmente aqui

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