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Finlândia será o primeiro país a cancelar disciplinas escolares

O sistema de educação na Finlândia é considerado um dos melhores do mundo. Nos rankings de avaliação da educação, o país fica entre os dez com melhor desempenho. Porém, as autoridades locais não querem se conformar com o que já foi conquistado, e decidiram fazer uma verdadeira revolução no sistema escolar.

Serão canceladas todas as disciplinas escolares: física, matemática, literatura, história e geografia.

A justificativa, pelo menos, é interessante. A chefe do Departamento de Educação de Helsinque, Marjo Kyllonen, explica assim as mudanças: “Há escolas que ensinam pelo método antigo, o que funcionava no começo dos anos 1900. Porém, as necessidades agora são outras, e devemos criar algo que seja mais adequado ao século 21“.

Em vez de disciplinas separadas, os alunos irão estudar eventos e fenômenos em um formato multidisciplinar. Assim, por exemplo, a Segunda Guerra Mundial será estudada nas aulas de história, geografia e matemática. Já no curso ”Trabalho na cafeteria“, os alunos serão orientados quanto a conhecimentos complexos de inglês, economia e habilidades comunicativas.

Esse sistema será aplicado para os estudantes das séries mais avançadas, a partir dos 16 anos. De acordo com a ideia, o aluno precisará escolher que assunto ou área estudar, de acordo com suas noções do que será útil em sua vida. Desta forma, os adolescentes não precisarão estudar grades curriculares completas de física ou química, fazendo-se as eternas perguntas: “Para que estou estudando isso?” ou ”Para que preciso saber disso”?

O formato tradicional da relação entre aluno e professor também mudará. Os estudantes não precisarão ir à frente da sala e esperar impacientemente quando precisarem expor algo. No lugar disso, haverá trabalho em pequenas equipes e a explicação de problemas.

O sistema finlandês de educação estimula o trabalho em grupo, então as mudanças no trabalho afetarão também os professores. A reforma escolar irá exigir mais interação entre professores de disciplinas diferentes. Cerca de 70% de todos os professores de Helsinque já passaram por treinamento para atuar no novo modelo, e ganharão aumento de salário.

O sistema será totalmente renovado até 2020.

Fonte: http://www.mundoamazonia.com.br/arquivos/finlandia-sera-o-primeiro-pais-a-cancelar-disciplinas-escolares/

Governo de Minas vai investir R$ 1 bilhão em inovação

Investimento do governo mineiro, na forma de fomento ao setor, foi anunciado a empresários durante a Finit, feira internacional realizada em BH

Falar que Minas Gerais é polo de tecnologia e inovação e que começa a se destacar internacionalmente no setor não é exagero. O estado tem o maior número de incubadoras do país e ocupa o segundo lugar em desenvolvimento de startups. Em terras mineiras ainda estão localizados cinco parques tecnológicos, além do maior número de universidades federais. A despeito disso, muitas vezes, falta uma ponte entre os criadores e os investidores. Para tentar ajudar nessa conexão, começou nessa quinta-feira (9) em Belo Horizonte a Feira Internacional de Negócios, Inovação e tecnologia (Finit), no centro de convenções Expominas. Durante o evento serão promovidos encontros para viabilizar negócios e ajudar no desenvolvimento dessas atividades.

“A intenção agora é fazer com que idealizadores, empresas e investidores façam essa conexão e, assim, possam gerar negócios. O evento ajuda, inclusive, a desenvolver o estado”, afirmou Miguel Corrêa, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ele anunciou que o governo de Minas pretende investir R$ 1 bilhão ao longo dos próximos quatro anos e adiantou outras medidas de fomento da tecnologia no estado.

Além da expansão do Seed – programa de apoio a empreendedores que desenvolvam projetos de negócio com base tecnológica em Minas –, o governo do estado deve lançar até o fim do ano dois programas de desenvolvimento de startups voltados para alunos do ensino médio e também para universitários. No primeiro, chamado de Startup Júnior, o público será de alunos dos três anos do ensino médio, com foco nos que cursam o terceiro ano.

Esses estudantes terão a oportunidade de desenvolver uma startup, contando com todo o apoio de corpo técnico e terão aula durante seis meses sobre tecnologia. Ao fim desse prazo, se aprovadas, as ideias podem ser até financiadas. Outro braço da iniciativa, voltado para os universitários – batizado inicialmente de Startup Universitário –, também terá investimentos do estado em formação profissional. Os aprovados terão um ano de treinamento e ainda a possibilidade de ter aprovados investimentos pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). O edital com os detalhes dos projetos deve ser lançado em dezembro.

De acordo com o secretário, terão destaque os projetos de startups com tecnologias voltadas para áreas em que Minas já se destaca, como mineração e agropecuária. “Nós vamos deixar a fantasia criativa livre, mas iniciativas com soluções interessantes para áreas em que o estado já se destaca terão prioridade”, afirmou.

Ainda dentro da Finit será realizada a arena de negócios, espaço do “Movimento 100 Open Startups” plataforma internacional para conectar as empresas de tecnologia com grandes organizações e fundos de investimento. Durante o evento está previsto o primeiro ranking mineiro das startups mais atraentes para o mercado.

CAMPUS PARTY A Finit se propõe ser uma espécie de hub de negócios, reunindo diversos eventos em um só local, com foco em promover o intercâmbio e fomentar o que há de mais avançado em tecnologia, inovação e empreendedorismo. Faz parte da programação a primeira edição da Campus Party em Minas. O evento é considerado a maior experiência tecnológica do mundo nas áreas de ciência, criatividade, games, empreendedorismo e entretenimento digital.

Para o presidente da Campus Party, Francesco Farruggia, a experiência de trazer o evento para Minas Gerais é um passo importante e ajuda a inserir o estado e a capital mineira no circuito de locais inteligentes no mundo. “Realizar um evento como esse é muito complicado e aqui em Minas conseguimos realizar. Os mineiros são danados e se destacam nesse campo da inovação. É muito importante para a Campus Party chegar aqui”, disse. A expectativa dos organizadores é que a Finit atraia cerca de 50 mil visitantes até domingo. Só na primeira Campus Party devem ficar cerca de 1 mil pessoas acampadas, desfrutando de programação durante 24 horas.

Serviço
Finit
Duração: até domingo
Local: Expominas
Confira a programação completa no em.com.br/finit

 

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2016/11/10/internas_economia,822695/governo-de-minas-vai-investir-r-1-bilhao-em-inovacao.shtml

Preciso de um mentor para a minha startup?

Um mentor de startup é uma pessoa experiente, conhecedor do ecossistema empreendedor, que pode ou não tornar-se sócio e/ou investidor-anjo das empresas que mentora.

Mentor de startups

Como funciona a mentoria?

A mentoria é uma prática comum nos Estados Unidos e deve ser periódica, um ponto muito importante dessa prática é que ela exige disponibilidade mínima de tempo do mentor escolhido.

Pensando em difundir mais a prática da mentoria no Brasil a Acelera Startups desenvolveu um treinamento para mentores em Parceria com a Global Mentoring Group, pois acreditamos que há muitas pessoas que tem experiência e podem ajudar diversas startups a se desenvolver, deixando um verdadeiro legado para a sociedade.

Porém, antes de pedir a qualquer executivo que seja o mentor da sua startup, tenha bastante claro quais são as habilidades que você precisa, elas variam muito de acordo com a perspectiva de cada empreendedor: o mentor vai abrir portas, vai trazer novas perspectivas dada a sua carga de experiência de mercado e conhecimento profundo sobre questões ligadas ao empreendedorismo.

Qual a função do mentor de startup?

A função do mentor de startup é auxiliar o desenvolvimento desta. Por isso ele irá auxiliar o novo empreendedor a verificar questões práticas do dia-a-dia do negócio, como analisar relações de causa e efeito em situações críticas, guiar a jornada, dar suporte, auxiliar no networking, e desafiá-lo.

O mentor deve ser capaz de tirar o time de empreendedores constantemente da sua zona de conforto. Sair do óbvio, simular hipóteses e enxergar outros caminhos; ele deve gastar energia para estimular os integrantes da equipe nesses pontos. Só assim a mentoria vale a pena.

Como conseguir o mentor ideal para a minha startup?

Normalmente, podemos encontrar um mentor de startup em atividades de “mentoring” realizadas em eventos de startups e empreendedorismo, ou ainda, se você já tiver um convívio mais próximo com alguém experiente do mercado e dentro da área da sua startup, pode ter esse contato quando for conveniente a ambos.

Na hora de definir o mentor para a sua startup, procure alguém que tenha alguma familiaridade com o seu projeto, essa pessoa tem que ter tido o mínimo de experiência no campo do seu interesse, tem que ter comprovado resultado, não precisa ser rico nem famoso, mas é importante ter alguns anos de experiência a mais que você.

O mentor da sua startup deve ser alguém que legitimamente queira te ver crescer e prosperar. “Às vezes, você vai atrás de grandes empresários que tiveram sucesso, mas com ego inflado ou atitude oportunista”.

Sem demonstrar capacidade, o mentor dificilmente vai querer se juntar a você. Por isso, é bom começar mostrando sua situação e indicando claramente os objetivos da parceria. “Mostre o modelo de negócios que está querendo desenvolver e saiba quais são os próximos passos que quer tomar. Precisa ter objetivos, dizer o que quer e ter algo para apresentar sobre o que pretende fazer”.

Critérios para considerar ao selecionar um mentor:

  • experiência do mentor no campo em que sua Startup atua.
  • certifique-se dos motivos do mentor em orientá-lo, pois ele deve ter a intenção de realmente levá-lo ao crescimento e acreditar na sua ideia.
  • disponibilidade física e mental por parte do mentor para aceitar esse compromisso com você.

Construa uma relação com o seu mentor

Grande parte dos mentores são muito ocupados, o que torna mais difícil a tarefa. Imagine quantos pedidos de mentoria um bom mentor recebe semanalmente. Como ele escolhe? Pela afinidade com a empresa? Por mais que gostem de apoiar o ecossistema, existe uma limitação física de tempo.

Por outro lado, imagine se ele recebe um empreendedor que não pede nada, mas oferece ajuda. Pesquisando sobre este mentor, descobrimos que ele participa de uma associação ou algo do gênero. Se ao invés de pedir ajuda, este empreendedor se oferece para ajudar nesta associação ou outro projeto que o mentor tem. Imagine o impacto e a diferença que isso vai ter em meio a milhares de pedidos idênticos? Legal! O mentor vai dizer sim e daí eu peço ajuda na primeira oportunidade, certo? Errado! Você está construindo uma relação, não é uma transação. Genuinamente se interesse em ajudar e apoiar. Quando for a hora, peça apoio ou este apoio vai ser oferecido para você.

Aposte na estratégia de construir relações, sem esperar nada em troca, dessa forma você pode obter muito mais do que apenas a mentoria, lembre-se que “Empresas vão e vem, assim como ideias. Relacionamentos e pessoas é o que fica.”

Antes de sair escrevendo e-mails pedindo mentoria ou investimento, pense nas pessoas com quem você está tentando se relacionar. Tenho certeza que o retorno será muito maior, profissional e pessoalmente. Pense em ser diferente, original e único. Crie sua assinatura pela forma como você se porta, se relaciona. E não tenha pressa. Por mais que você sinta que sua startup precisa de apoio urgente, foque em construir algo mais duradouro e não busque o retorno no curto prazo. Ajude e apoie sem pedir nada em troca.

É muito provável que as coisas aconteçam de forma orgânica e bons mentores apareçam para ajudar.

Ashish Khandpur: as armardilhas de diminuir o investimento em inovação durante a crise

Chefe global de pesquisa e desenvolvimento da 3M sobre inovação como uma “buzzword”, a relevância do Brasil na estratégia global e a ascensão de executivos indianos a altos cargos nos Estados Unidos.

Ashish Khandpur comanda uma das máquinas de inovação mais longevas e copiadas do mundo dos negócios: a centenária 3M. Nos 114 anos de atuação da empresa, seus laboratórios, hoje sob a batuta de Khandpur, já criaram produtos usados por milhões de pessoas ao redor do mundo diariamente, como o Post-it e a fita adesiva (conhecida popularmente no Brasil como durex).

A situação que Khandpur encontrou, desde que assumiu a posição de sênior vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento e Chief Technology Officer (CTO), em julho de 2014, precisa muito de inovações do tipo. A realidade que o indiano deve enfrentar não comporta o saudosismo de invenções passadas.

O crescimento da 3M está desacelerando, fruto tanto da crise que atinge alguns dos países onde estão umas das maiores operações da empresa (como o Brasil, por exemplo) quanto da valorização do dólar no cenário estrangeiro.  Como 60% das vendas da 3M são feitas em outras moedas, quanto mais o dólar se fortalece menor fica a receita da companhia pelo mundo.

Frente ao cenário desafiador, a 3M resolveu abrir os cofres. Khandpur terá mais dinheiro para gastar em pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos. Em 2012, a empresa gastou 5,5% da sua receita em inovação. O objetivo em curto prazo é aumentar a relação para 6%. Em números absolutos, isso pode significar US$ 150 milhões adicionais ao cerca de US$ 1,8 bilhão que a 3M gasta todo ano em pesquisa e desenvolvimento.

“Nós não diminuímos o investimento em pesquisa e desenvolvimento em tempos ruins. Na verdade, nossa estratégia é investir mais agressivamente [quando o mercado não está bom], o que nos dá uma vantagem competitiva”, afirmou.

Em visita ao Brasil, em agosto, Khandpur sentou-se para conversar com exclusividade com Época NEGÓCIOS em um hotel na Zona Sul de São Paulo. Além do aumento nos investimentos, falou sobre inovação como uma “buzzword”, a relevância do Brasil na estratégia global e a recente ascensão de executivos indianos a altos cargos nos Estados Unidos.

Como o processo de inovação da 3M, usado como inspiração por muitas empresas, evoluiu no último século?
De diversas maneiras. Primeiro, o processo de inovação precisa estar conectado ao mercado externo e às mudanças que estão acontecendo com nossos clientes e o setor. São essas as mudanças que determinam quão rápido e como nós inovamos. Nosso lema é “ciência aplicada à vida”. No fim do dia, nós não queremos apenas fazer ciência. Queremos fazer algo útil que venda e crie valor para nós e nossos clientes.

Quando a base de clientes muda – e isso aconteceu algumas vezes nos últimos 100 anos -, você precisa sair de St. Paul [onde está a sede da 3M] e expandir geograficamente. Hoje eu estou no Brasil, ontem eu estava no México, ainda vou para Índia, China e Indonésia… Todos esses clientes têm suas demandas únicas. Algumas são similares, outras são bem diferentes, algumas são locais.

Agora, estamos em um mundo onde muita coisa é influenciada pelo digital. A 3M vem se transformando nesse sentido. Queremos ter certeza que entendemos como o mundo digital está e como vai afetar nossos clientes e, portanto, como vai afetar nossos negócios e processos. Então, tendências de clientes, de mercados, de mudanças de geografia, tudo isso provocou mudanças nos nossos processos de inovação.

Em momentos de crise, é tentador cortar o investimento em pesquisa e desenvolvimento e direcioná-lo a outras divisões. É uma armadilha em curto prazo?
Na maioria das vezes é. Nós não diminuímos o investimento em pesquisa e desenvolvimento em tempos ruins. Na verdade, nossa estratégia é investir mais agressivamente [quando o mercado não está bom], o que nos dá uma vantagem competitiva.

Em números, o que isso significa?
Na 3M, nós falamos que Pesquisa e Desenvolvimento é o pulso da companhia. A empresa gastou [no setor] uma quantia significativa de dinheiro – US$ 1,8 bilhão no ano passado e US$ 8,5 bilhões nos últimos cinco anos. Ainda que as condições macroeconômicas tenham desacelerado, nós aumentamos nossos investimentos em pesquisa de 5,5% em 2012 para 5,8% das vendas no ano passado. A 3M entende a importância de pesquisa e desenvolvimento na inovação. É parte da nossa visão, essencial para a estratégia. É uma força fundamental da companhia.

Qual é o objetivo?
Aproximar-se de 6% [das vendas].

Em quais áreas podemos esperar esse investimento maior?
Healthcare e eletrônicos de consumo são áreas essenciais. A divisão de Segurança e Gráficos (SG) é outra muito importante para nós. Estamos tentando construir um negócio de segurança pessoal. Mas depende das necessidades dos clientes em cada geografia. Em alguns casos, estamos aumentando o investimento na divisão Industrial. Em países em desenvolvimento, as necessidades são diferentes das de países desenvolvidos. A infraestrutura ainda não está pronta. Nestes casos, os produtos industriais e de segurança se encaixam muito bem. Conforme as economias se desenvolvem, healthcare e eletrônicos de consumo se tornam mais importantes.

De onde vem o crescimento nos resultados financeiros da 3M nos últimos trimestres?
Eletrônicos de consumo, como você sabe, é um grande mercado, principalmente nos últimos anos. Obviamente, nós gostamos de atuar em setores que criam valor para nós e nossos clientes.  Nosso crescimento recente vem de eletrônicos de consumo e healthcare. São boas áreas de crescimento no futuro para nós. A divisão Industrial é a que mais traz negócios. Houve uma desaceleração econômica nessa área, mas achamos que nosso portfólio é bem relevante e está nos ajudando em um mercado em queda.

Não parece uma coincidência o aumento no investimento com essa desaceleração econômica. Existe uma conexão?
Depende do mercado. O mercado de eletroeletrônicos está em queda e nossos negócios na área foram afetados. Nós não estamos desconectados dos nossos mercados e dos nossos clientes. Nosso CEO [Inge Thulin] diz que nós controlamos o controlável. Há certas coisas que não podemos controlar. Moeda a gente não controla – até certa medida.

Houve também um impacto pela valorização do dólar, segundo o balanço da companhia.
Sim. E 60% das vendas da 3M são feitas fora dos EUA. No geral, a companhia fez um bom trabalho. Nossa divisão de healthcare cresceu quase 5% no último trimestre. Os negócios de SG e produtos de consumo cresceram entre 2% e 3%. Os eletrônicos e os produtos industriais foram mais afetados pelo contexto econômico.  Essas quedas econômicas são também momentos bons para garantir que estamos priorizando bem e inovando para que, quando o mercado voltar, possamos pegar uma maior participação de mercado.

Qual é a relevância do Brasil dentro da estratégia global da 3M?
O Brasil é uma das nossas principais subsidiárias. Em termos de receita, é um dos nossos dez maiores mercados. Gastamos mais de 5% das vendas locais em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil é importante não só por ser uma grande economia, mas também porque nossos grandes clientes globais estão aqui, especialmente nos setores automotivo, healthcare, comidas e bebidas e varejo. Se estivermos mais próximos dos nossos clientes no Brasil, seremos capazes de vender de uma forma efetiva e ágil e também trabalhar juntos para, durante essa crise, torná-los mais competitivos.

Numa perspectiva de futuro, os setores e áreas de crescimento que eu mencionei continuarão a ser importantes tanto para o Brasil num futuro próximo como para nós. O Brasil foi importante no passado, continua a ser importante agora e vai ser importante no futuro.

“Inovação” virou uma buzzword. Hoje, toda empresa se diz inovadora. Para muitas, porém, o termo fica só no discurso. O que realmente faz uma companhia inovadora?
As pessoas são inovadoras de diferentes maneiras. Algumas companhias, em inovação de modelo de negócios. Outras, em inovação de produtos. Acredito que a 3M é uma empresa bem inovadora. O que faz a 3M inovadora são três pontos.

O primeiro é o foco real no mercado e no consumidor. O segundo é uma profundidade muito forte em ciência e tecnologia. Gosto de dizer que a 3M é construída sobre inovações de ciência, tecnológicas e de produtos. O terceiro é uma cultura altamente colaborativa, que nos permite fazer conexões realmente incomuns entre nossas tecnologias, os clientes e as necessidades do mercado. Acho que essa é a receita da 3M, na sua maneira mais simples.

Essas conexões incomuns são o que nos dão uma vantagem na inovação. Nós fazemos muito para garantir que essas três peças estejam em seus devidos lugares. Como um time de liderança, gastamos muito tempo garantindo termos pessoas motivadas para criar boa ciência e tecnologia, e que estejam engajadas com o cliente. A cultura de colaboração não evoluiu da noite para o dia. Foram mais de cem anos, por diferentes líderes, e continuamos alimentando-a. Juntar esses três pontos em uma forma incomum é a receita do sucesso da 3M.

Neste modelo, qual dos três pontos é o mais fácil de falhar?
Você pode ficar ultrapassado em tecnologia. Ela está mudando muito rápido e as demografias também estão mudando muito rápido. Cultura vem sendo criada há anos e pode resistir ao teste do tempo. A cultura de inovação da 3M estava lá antes de eu chegar e acho que continuará depois que eu sair. Meu ponto é que, em 114 anos, muitos gerentes, CEOs e CTOS passaram pela empresa, mas a cultura persistiu. É algo muito forte que a 3M criou.

A história de como o Post-it e a fita adesiva Scotch, dois dos maiores sucessos da 3M, foram criados envolve uma dose considerável de fracasso. Qual é a importância da tolerância ao fracasso para instaurar uma cultura inovadora em uma empresa?
Na minha cabeça, o principal ponto que determina o sucesso de uma empresa são seus funcionários. Inovação começa com gente. Sobre os funcionários, é preciso colocar um ambiente no qual eles possam assumir riscos, que não tenham medo de fracassar – se você quiser chamar de fracasso, já que a gente não chama. Queremos que nossos funcionários sejam “empreendedorísticos”, que tomem riscos. Queremos que entendam que é esperado que eles assumam riscos.

Temos programas como o Regra dos 15% [instituído em 1948, o programa permite que funcionários usem 15% do seu tempo para projetos diversos. O Google se inspirou na ideia para um programa similar, com 20% de tempo livre], nos quais eles podem assumir riscos. Se as pessoas têm boas ideias, temos um programa de financiamento da minha divisão que dá até US$ 200 mil para que eles testem essas ideias.  Quando você coloca desta maneira, as pessoas não ficam com medo de falhar. Elas se perguntam ‘por que não estou tomando riscos?’. É isso que você quer inculcar. Você não quer que todo mundo assuma riscos o tempo todo, já que você precisa gerenciar a produtividade da empresa também.

É aí que entra a liderança. Os gerentes, diretores e todo o resto do topo precisam criar processos que garantam um número suficiente de ideias vindo de baixo e que essas ideias são validadas do ponto de vista de negócios. Se você fizer esses dois corretamente, pode ter um bom balanço entre manter uma boa cultura de inovação e manter a produtividade da empresa.

Nos últimos anos, estamos vendo muitos indianos assumindo posições como CEOs ou na cúpula de comando de grandes empresas norte-americanas, como Satya Nadella na Microsoft e Sundar Pichai no Google. O que isso diz sobre o sistema educacional indiano?
Essa é uma pergunta difícil. Os EUA são uma economia muito diversa. O sistema é baseado na meritocracia, o que cria oportunidade para bons talentos, não só da Índia, mas de qualquer outro lugar. Eu vi isso no meu Ph.D. [Ashish nasceu e se formou na Índia, mas foi fazer seu Ph.D. nos EUA], onde 70% dos alunos não eram norte-americanos. Vi muitos talentos de diferentes nacionalidades trabalhando lado a lado para resolver grandes problemas. Para mim, isso é muito energizante e traz novas perspectivas. Indianos têm suas próprias perspectivas. Existem tantas línguas e religiões. Para mim, diversidade vem naturalmente. É fácil.  A outra característica que é natural aos indianos é a proposta de valor – essencialmente, como você consegue mais por menos. A Índia não era um país muito rico enquanto eu crescia lá.

Norte-americanos não têm isso tão claro pela abundância do país onde cresceram?
Não quero comparar. As pessoas têm capacidades e forças baseadas em onde elas cresceram e quem estava ao seu redor. A partir de onde vêm, indianos conseguem apreciar a diversidade e entendem muito bem o modelo de bons valores por preços baixos. Essa é uma forma de olhar a questão.

Se você pensa qual é a nação mais inovadora do mundo, nós podemos discutir, mas eu diria que os EUA são uma das mais. Não porque é administrada por indianos, chineses ou norte-americanos, mas porque o que a governa é o pensamento de que bom talento vem de todo lugar. Diversidade cria, no total, um valor maior do que quando é um único tipo de sistema. Esse modelo funcionou muito bem para os EUA. Para mim, pegar dois ou três indianos deste modelo… Deveria ser assim. Existem muitos indianos talentosos nos EUA e eles deveriam ter a oportunidade, assim como chineses, norte-americanos e todos os outros. Então eu não vejo nada de específico.

Se você olhar para a 3M, o comitê de operação é bem diverso. Temos um vice-presidente executivo que é coreano, um espanhol, um canadense e um indiano. É a prova que, para uma grande empresa tradicional, sediada no meio dos EUA, como a 3M, é o pensar grande que importa, não especificamente as pessoas.

 

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2016/11/ashish-khandpur-diminuir-o-investimento-em-inovacao-durante-crise-e-uma-armadilha.html

Olhando para o futuro….

Em 1998, a Kodak tinha 170.000 funcionários e vendeu 85% de todo o papel fotográfico vendido no mundo. No curso de poucos anos, o modelo de negócios dela desapareceu e eles abriram falência. O que aconteceu com a Kodak vai acontecer com um monte de indústrias nos próximos 10 anos – e a maioria das pessoas não enxerga isso chegando. Você poderia imaginar em 1998 que 3 anos mais tarde você nunca mais iria registrar fotos em filme de papel?

No entanto, as câmeras digitais foram inventadas em 1975. As primeiras só tinham 10.000 pixels, mas seguiram a Lei de Moore. Assim como acontece com todas as tecnologias exponenciais, elas foram decepcionantes durante um longo tempo, até se tornarem imensamente superiores e dominantes em uns poucos anos. O mesmo acontecerá agora com a inteligência artificial, saúde, veículos autônomos e elétricos, com a educação, impressão em 3D, agricultura e empregos.

Bem-vindo à quarta Revolução Industrial!

O software irá destroçar a maioria das atividades tradicionais nos próximos 5-10 anos.

O UBER é apenas uma ferramenta de software, eles não são proprietários de carros e são agora a maior companhia de táxis do mundo. A AIRBNB é a maior companhia hoteleira do mundo, embora eles não sejam proprietários.

Inteligência Artificial: Computadores estão se tornando exponencialmente melhores no entendimento do mundo. Neste ano, um computador derrotou o melhor jogador de GO do mundo, 10 anos antes do previsto. Nos Estados Unidos, advogados jovens já não conseguem empregos. Com o WATSON, da IBM, V. pode conseguir aconselhamento legal (por enquanto em assuntos mais ou menos básicos) dentro de segundos, com 90% de exatidão se comparado com os 70% de exatidão quando feito por humanos. Por isso, se V. está estudando Direito, PARE imediatamente. Haverá 90% menos advogados no futuro, apenas especialistas permanecerão.

O WATSON já está ajudando médicos a diagnosticar câncer, quatro vezes mais exato do que médicos humanos.
O FACEBOOK incorpora agora um software de reconhecimento de padrões que pode reconhecer faces melhor que os humanos. Em 2030, os computadores se tornarão mais inteligentes que os humanos.

Veículos autônomos: em 2018 os primeiros veículos dirigidos automaticamente aparecerão ao público. Ao redor de 2020, a indústria automobilística completa começará a ser demolida. Você não desejará mais possuir um automóvel. Nossos filhos jamais necessitarão de uma carteira de habilitação ou serão donos de um carro. Isso mudará as cidades, pois necessitaremos 90-95 % menos carros para isso. Poderemos transformar áreas de estacionamento em parques. Cerca de 1.200.000 pessoas morrem a cada ano em acidentes automobilísticos em todo o mundo. Temos agora um acidente a cada 100.000 km, mas com veículos auto-dirigidos isto cairá para um acidente a cada 10.000.000 de km. Isso salvará mais de 1.000.000 de vidas a cada ano.

A maioria das empresas de carros poderão falir. Companhias tradicionais de carros adotam a tática evolucionária e constroem carros melhores, enquanto as companhias tecnológicas (Tesla, Apple, Google) adotarão a tática revolucionária e construirão um computador sobre rodas. Eu falei com um monte de engenheiros da Volkswagen e da Audi: eles estão completamente aterrorizados com a TESLA.

Companhias seguradores terão problemas enormes porque, sem acidentes, o seguro se tornará 100 vezes mais barato. O modelo dos negócios de seguros de automóveis deles desaparecerá.

Os negócios imobiliários mudarão. Pelo fato de poderem trabalhar enquanto se deslocam, as pessoas vão se mudar para mais longe para viver em uma vizinhança mais bonita.

Carros elétricos se tornarão dominantes até 2020. As cidades serão menos ruidosas porque todos os carros rodarão eletricamente. A eletricidade se tornará incrivelmente barata e limpa: a energia solar tem estado em uma curva exponencial por 30 anos, mas somente agora V. pode sentir o impacto. No ano passado, foram montadas mais instalações solares que fósseis. O preço da energia solar vai cair de tal forma que todas as mineradoras de carvão cessarão atividades ao redor de 2025.

Com eletricidade barata teremos água abundante e barata. A dessalinização agora consome apenas 2 quilowatts/hora por metro cúbico. Não temos escassez de água na maioria dos locais, temos apenas escassez de água potável. Imagine o que será possível se cada um tiver tanta água limpa quanto desejar, quase sem custo.

Saúde: O preço do Tricorder X será anunciado este ano. Teremos companhias que irão construir um aparelho médico (chamado Tricorder na série Star Trek) que trabalha com o seu telefone, fazendo o escaneamento da sua retina, testa a sua amostra de sangue e analisa a sua respiração (bafômetro). Ele então analisa 54 bio-marcadores que identificarão praticamente qualquer doença. Vai ser barato, de tal forma que em poucos anos cada pessoa deste planeta terá acesso a medicina de padrão mundial praticamente de graça.

Impressão 3D: o preço da impressora 3D mais barata caiu de US$ 18.000 para US$ 400 em 10 anos. Neste mesmo intervalo, tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as maiores fábricas de sapatos começaram a imprimir sapatos 3D. Peças de reposição para aviões já são impressas em 3D em aeroportos remotos.
A Estação Espacial tem agora uma impressora 3D que elimina a necessidade de se ter um monte de peças de reposição como era necessário anteriormente. No final deste ano, os novos smartphones terão capacidade de escanear em 3D. Você poderá então escanear o seu pé e imprimir sapatos perfeitos em sua casa. Na China, já imprimiram em 3D todo um edifício completo de escritórios de 6 andares. Lá por 2027, 10% de tudo que for produzido será impresso em 3D.

Oportunidades de negócios: Se V. pensa em um nicho no qual gostaria de entrar, pergunte a si mesmo: “SERÁ QUE TEREMOS ISSO NO FUTURO?” e, se a resposta for SIM, como V. poderá fazer isso acontecer mais cedo? Se não funcionar com o seu telefone, ESQUEÇA a idéia. E qualquer idéia projetada para o sucesso no século 20 estará fadada a falhar no século 21.

Trabalho: 70-80% dos empregos desaparecerão nos próximos 20 anos. Haverá uma porção de novos empregos, mas não está claro se haverá suficientes empregos novos em tempo tão exíguo.

Agricultura: haverá um robô agricultor de US$ 100,00 no futuro. Agricultores do 3º mundo poderão tornar-se gerentes das suas terras ao invés de trabalhar nelas todos os dias. A AEROPONIA necessitará de bem menos água. A primeira vitela produzida “in vitro” já está disponível e vai se tornar mais barata que a vitela natural da vaca ao redor de 2018.
Atualmente, cerca de 30% de todos as superfícies agriculturáveis são ocupados por vacas. Imagine se tais espaços deixarem se ser usados desta forma. Há muitas iniciativas atuais de trazer proteína de insetos em breve para o mercado. Eles fornecem mais proteína que a carne. Deverá ser rotulada de FONTE ALTERNATIVA DE PROTEÍNA. (porque muitas pessoas ainda rejeitam ideias de comer insetos).

Existe um aplicativo chamado “moodies” (estados de humor) que já é capaz de dizer em que estado de humor V. está. Até 2020 haverá aplicativos que podem saber se V. está mentindo pelas suas expressões faciais. Imagine um debate político onde estiverem mostrando quando as pessoas estão dizendo a verdade e quando não estão.

O BITCOIN (dinheiro virtual) pode se tornar dominante este ano e poderá até mesmo tornar-se em moeda-reserva padrão.

Longevidade: atualmente, a expectativa de vida aumenta uns 3 meses por ano. Há quatro anos, a expectativa de vida costumava ser de 79 anos e agora é de 80 anos. O aumento em si também está aumentando e ao redor de 2036, haverá um aumento de mais de um ano por ano. Assim possamos todos viver vidas longas, longas, possivelmente bem mais que 100 anos.

Educação: os smartphones mais baratos já estão custando US$ 10,00 na África e na Ásia. Até 2020, 70% de todos os humanos terão um smartphone. Isso significa que cada um tem o mesmo acesso a educação de classe mundial. Cada criança poderá usar a academia KHAN para tudo o que uma criança aprende na escola nos países de Primeiro Mundo.

Empresa do Uber faz entrega de cerveja com caminhão que dirige sozinho nas estradas

Veículos autônomos estão, aos poucos, ganhando as ruas. A NuTonomy, startup que surgiu no MIT e opera em Singapura, iniciou os testes públicos de uma frota de táxis autônomos em agosto e o Uber também já realiza algumas corridas na cidade americana de Pittsburgh. Agora, a Otto – empresa recém-adquirida pelo próprio Uber – fez uma entrega de 50 mil latas de cerveja com caminhão que dirige sozinho nas estradas.

A primeira corrida do caminhão autônomo foi da cidade de Fort Collins até Colorado Springs, numa viagem de quase 200 quilômetros. Um motorista estava atrás do voltante e assumiu uma pequena parcela do trajeto: apenas nos trechos urbanos, onde há pedestres, sinais de parada, cruzamentos e outros cenários de imprevisibilidade. Assim que o veículo chegou na estrada, o piloto automático tomou o conta de tudo: mantendo uma distância segura e alternando de faixas só quando necessário.

O veículo é equipado com hardware e software avaliado em US$ 30 mil e que pode ser instalado em qualquer caminhão com transmissão automática. As câmeras, radares e sensores LIDAR garantem autonomia nível 4, que dispensa o motorista na maior parte do tempo.

A NHTSA (órgão federal americano de segurança no trânsito), classifica a autonomia veicular em alguns níveis, que variam de 0 a 5:

Nível 0: ausência de autonomia;
Nível 1: autonomia em uma ou mais funções específicas (cruise control, por exemplo);
Nível 2: autonomia em pelo menos duas funções primárias que agem em conjunto (cruise control com tecnologia para manter o veículo na pista, por exemplo);
Nível 3: autonomia completa na maior parte do tempo, exigindo a presença de um motorista;
Nível 4: autonomia completa na maior parte do tempo, menos em condições adversas como em chuva forte, exigindo a presença de um motorista;
Nível 5: autonomia completa, dispensando a necessidade de um motorista – basta apenas inserir o destino desejado, ou o caminho a seguir.
Atualmente a Otto tem seis caminhões de teste e continua aprimorando seu software. A solução da companhia parece ser mais imediata do que carros de passeios autônomos: estimativas apontam que há um déficit de 50 mil caminhoneiros nos EUA em relação a demanda atual. A empresa fechou uma parceria com a InBev afirma que “está animada para transformar o transporte comercial”.

O Uber comprou a Otto no ano passado por US$680 milhões e afirma que pretende manter as operações das marcas independentes.

 

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/curiosidades/empresa-do-uber-faz-entrega-de-cerveja-com-caminh%C3%A3o-que-dirige-sozinho-nas-estradas/ar-AAjsnj1?ocid=BR-NL-nov16-W1-04-MAL-A

O que muda na vida das startups com a nova Lei do Super Simples?

No dia 27 de outubro foi sancionada a Lei Complementar 155, que mudou as regras do regime especial de tributação do Simples Nacional e ainda inseriu a figura do Investidor-anjo no contexto. A lei, em seus artigos 61 do A ao D, definem a estrutura de investimento-anjo e segurança jurídica para esta modalidade de aporte de capital.

Na prática, agora uma startup enquadrada no Simples pode admitir em sua empresa a entrada de um sócio investidor não caracterizando o investimento como receita tributável, como ocorria anteriormente. Além disso, a empresa não corre mais o risco de ser descaracterizada do Simples Nacional perdendo o direito de pagar os tributos de forma diferenciada.

Mais que isso, assim será possível, por exemplo, distribuir dividendos se houver, passando a ser uma alternativa para o retorno sobre o capital investido pelo Investidor-anjo.

A outra vantagem pra as startups é que a Lei também obriga o investidor a permanecer e manter o capital investido por no mínimo, dois anos e até no máximo sete anos, o que no fundo fica alinhado com interesse em ambas as partes, uma vez que a perspectiva média de saída/retorno de um investidor qualificado no mercado é de sete anos.

Portanto, essa é sim uma excelente notícia para o ecossistema de startups no Brasil. Isso porque pessoas físicas e jurídicas poderão fazer aportes de capital, sem serem consideradas sócias do empreendimento, sem participação na gerência ou voto na administração da empresa. Com isso e por outro lado, estes investidores passarão a não responder pelas dívidas da empresa, inclusive em relação a recuperação judicial.

Apesar de já usarmos instrumentos como mútuo conversível, SPE, SCP, entre outros modelos em empresas limitadas, existem discussões na Receita Federal, por exemplo, em relação à tributação ao uso da SCP para este propósito. Até porque, as empresas sócias de uma SCP, segundo o entendimento da Receita, é que elas não podem beneficiar-se do tratamento jurídico diferenciado do Simples.

Atenção! A Lei não é válida para empresas fora do Simples Nacional e não é obrigação por conta desta nova Lei, a startup alterar o seu modelo de contato atual com o investidor (como mútuo conversível, por exemplo). Isso é uma decisão de cada negócio e seus investidores.

É importante afirmar que esta Lei de fato buscou resolver um dos principais entraves para o crescimento do investimento-anjo em startups, que é prover segurança jurídica para investidores e consequentemente, possibilitar o aumento do volume de capital disponível para os Empreendedores e suas startups. Porém, muitas coisas ainda precisam ser discutidas como em relação à questão tributária que deve ainda passar por alguma regulamentação ou cartilha interna na Recita Federal, seja no tratamento do dividendos, se houver, seja diretamente na caracterização do aporte/investimento como receita tributável na empresa.  Outro ponto para esclarecer é em relação a entrada do Investidor-anjo no contrato social da empresa, alguns juristas que consultei entendem que sim outros que não, pois a nova Lei não é bem clara nesse sentido.

Meu objetivo com este artigo não é só comentar a nova Lei, mas no sentido de orientar e alertar que esses pontos ainda devem ser bastante debatidos dentro dos órgãos competentes de fiscalização e controle, inclusive no judiciário, para que funcionem 100% alinhados com o correto entendimento.

Fonte: http://startupi.com.br/2016/11/o-que-muda-na-vida-das-startups-com-nova-lei-do-super-simples/

Warren buffet disse certa vez que “é na crise que descobrimos quem está nadando pelado” e essa frase nos traz dezenas de ensinamentos que podemos aplicar em qualquer negócio.

O empreendedor precisa estar ciente da sua responsabilidade para manter o negócio operando no azul independente de quanto o mercado está vermelho lá fora.

Essa é de fato uma jornada difícil e cheia de armadilhas mas sempre há uma forma de fazer que dá certo, basta observar os cases de sucesso que existem por ai, é só você ficar atento a maneira como as coisas são realizadas.

Fonte: http://www.claudiobrito.com/na-crise-que-descobrimos-quem-esta-nadando-pelado/

Mentor de startups

Seja sócio de uma startup compartilhando a sua experiência!

“O futuro não virá em ondas como no oceano virá como um tsunami” essa afirmação feita por Klaus Schwab fundador do Fórum Econômico Mundial durante o evento criado por ele mesmo nos dá uma prévia do que está por vir.

Nesse cenário surgem empresas com taxa de crescimento altíssimas e capazes não só de escrever o futuro previsto acima mas de criar fortunas no caminho, estamos falando das startups.

Porém, muitos confundem o termo startup com algo muito elitizado ou direcionado apenas ao mercado de tecnologia quando na verdade a oportunidade é muito maior e pode ser potencializada com a ajuda de um mentor, que pode ser você! Já pensou em compartilhar a sua experiência?

Mas o que são startups? E como um mentor trabalha? As startups são empresas em estágio inicial buscando um modelo de negócios que possa ser repetido e crescer muito rápido. E o mentor é alguém mais experiente que já passou pela jornada que será enfrentada pelo empreendedor iniciante (startupeiro) ou um executivo com a experiência necessária para levar o time da startup ao próximo nível.

Nesse mercado existem muitas oportunidades nascendo diariamente, pequenas idéias que com a ajuda de alguém mais experiente podem alcançar o mercado de forma mais ágil e gerar resultados muito rápidos sem precisar de altos investimentos e as vezes até sem nenhum investimento financeiro apenas com a doação de tempo você pode se tornar sócio de uma startup.

Porém é preciso preparo para você enxergar todas as possibilidades, entender esse mundo e saber como mentorar uma startup tirando o máximo proveito da oportunidade sem investir dinheiro do seu bolso ou investindo muito pouco.

Para os interessados nesse mercado desenvolvemos uma Masterclass: Você sócio de startups! Que você pode se inscrever gratuitamente aqui.

Sobre Claudio Brito

Claudio Brito é especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 20 anos de experiência e participou de treinamentos internacionais com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Foi selecionado pela Endeavor para o curso “Building a High Growth Business” em Babson, faculdade No. 1 em empreendedorismo nos EUA. No Brasil, participa ativamente do desenvolvimento do mercado inclusive organizando missões empresarias para o Vale do Silício onde apresenta empresas como Google, Apple e Evernotes. É facilitador do Empretec, palestrante e mentor de startups. Como empresário, mantém a Acelera Startups uma comunidade digital que já atingiu 20.000 empreendedores em 47 países.

Lei traz nova proteção ao investimento anjo para startups

Sanção presidencial a Lei Complementar do Simples traz novo incentivo ao investimento anjo brasileiro pelo aumento da proteção ao investidor

 

O ecossistema de empreendedorismo de inovação brasileiro teve uma boa notícia nesta quinta-feira com a sanção presidencial da Lei Complementar que muda regras do regime especial de tributação do Simples Nacional e provê proteção para o Investidor anjo. A lei, em seus artigos 61-A, 61-B, 61-C e 61-D define estrutura de investimento anjo e de segurança jurídica para esta modalidade de aporte de capital. Pessoas físicas e jurídicas poderão fazer aportes de capital, mas não serão consideradas sócias, sem participação na gerência ou voto na administração da empresa. A vantagem & eacute; que esses investidores não responderão por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial. O capital terá que ficar investido na empresa por, no mínimo, dois anos, e no máximo, por sete anos.

Esta é uma resposta positiva a uma das maiores dificuldades encontradas por investidores anjo, que, por investir em empresas nascentes, correm um alto risco de perda do capital investido, mas não podem correr um risco adicional de serem penalizados por eventos de desconsideração de personalidade jurídica. Além disto, a lei possibilita a existência de incentivos fiscais a esta atividade, como ocorre em todo o mundo, já que o Investimento Anjo ajuda a criação e aumenta as chances de sucesso de empresas inovadoras, que são uma das melhores fontes de desenvolvimento para os países.

Outro benefício da Lei para os empreendedores é o não desenquadramento das empresas que recebam este aporte do Simples Nacional, como ocorria anteriormente, nem configura o investimento como receita tributável.

Cassio Spina, fundador e presidente da Anjos do Brasil, afirma “Esta Lei resolve um dos principais entraves para o crescimento do investimento anjo em startups, provendo segurança jurídica para investidores e consequentemente possibilitando o aumento do volume de capital disponível para as startups” e destaca a importância da colaboração das entidades participantes do ecossistema para a aprovação da Lei. Este projeto conta com o apoio fundamental do Sebrae, em especial pelo seu presidente Guilherme Afif Domingos, e do MDIC (Ministério da Industria, Comércio Exterior e Serviços), além da Abvcap (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), da ABRAII (Associação Brasileira de Empresas Aceleradoras de Inovação e Investimento), da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos I novadores), do Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários) e do Dínamo (Movimento de articulação para Políticas Públicas).

O projeto desta lei teve contribuição fundamental do deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), membro da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e autor da emenda que que cria a figura do investidor anjo, que destaca “Isso vai permitir a ampliação da oferta de capital para empreendedores ligados a startups brasileiras. Com essa sanção, vamos dar um passo importante para que as startups tenham acesso a recursos, a financiamento e possam se dedicar a experimentos e inovações que gerem novos produtos. Fortalece o novo mercado, garantindo segurança jurídica para essas parcerias”.

 

Fonte: http://www.anjosdobrasil.net/

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