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Como sair da zona de conforto e alcançar seus objetivos

O que diferencia um empreendedor da multidão?

Na semana passada lançamos um artigo sobre a Lynda Weinman e sua trajetória inspiradora na área da educação.

Nesta semana queremos apresentar outro empreendedor que tem muito a ensinar: Pádua Weber, Empresário, Consultor Empresarial e Coach com ênfase em desenvolvimento de conduta, comportamento e transformação de atitudes.

Mas antes, e repetindo a pergunta que fiz no início: você sabe o que diferencia um empreendedor das outras pessoas (além do fato de ele ser louco)?

Posso destacar dois para você:

Primeiro: locus interno.

Diante de uma situação adversa ou problema, a maioria das pessoas costuma justificar com fatores externo, dar desculpas ou até negar. Um empreendedor atribui a si mesmo e a seu comportamento as causas de seu sucesso ou fracasso,a ssumindo a responsabilidade pessoal pelos resultados obtidos.

Segundo: Elevação de padrões.

É fácil ser bom quando os padrões são baixos. Quando alguém resolve elevar seus padrões, imediatamente isso traz consequência em sua vida. Essa é uma característica marcante no empreendedor.

Se você gostou, recomendo assistir à palestra que o empreendedor gravou a TV Acelera. Nela, Pádua fala sobre mediocridade, como sair da zona de conforto e como agem as pessoas que tem um objetivo de vida diferenciando-as da multidão.

É uma palestras enriquecedora, com lições valiosas que você, seja empreendedor ou não, pode e deve aplicar em sua vida e carreira. Vale o seu tempo.

A palestra está disponível gratuitamente na TV Acelera. Assista agora e depois compartilhe com a gente o que achou 😉

A inversão de pólos entre empreendedores e investidores

A palavra “negócios” acaba sendo erroneamente vinculada a um imaginário que se situa entre Wall Street e a Berrini, com engravatados perambulando por carros e elevadores e ratoeiras financeiras sendo montadas em cada sala. Sim, o mundo já foi assim – mas, ao menos do ponto de vista de incepção de negócios, não é mais.

Visualize uma startup. Hoje, em qualquer cidade do mundo, as empresas mais empolgantes nascem a partir de ideias de empreendedores criativos e não necessariamente ricos.

Claro: criatividade pura não basta. Às vezes até atrapalha: a paixão pela ideia que costuma caracterizar um empreendedor costuma ser um problema na medida em que o deixa míope quanto a custos efetivos e à necessidade de modelos de receita consistentes já no curto prazo.

Ainda assim, mesmo considerando a alta taxa de mortalidade de startups em todo o mundo, é também delas que as mais brilhantes inovações do mundo nascem. É justamente do caldo caótico feito por falta de dinheiro e excesso de tesão que surgem empresas como o próprio Facebook ou Google, para ficar apenas nos exemplos das duas gigantes.

Onde quero chegar com tudo isso?

Simples: os novos celeiros de negócios não são mais as grandes avenidas comerciais de grandes metrópoles, mas sim os pequenos “guetos empreendedores” que se formam nos locais mais improváveis.

Os empreendedores já sabem disso: hoje, eles trabalham de suas casas ou de ambientes de co-workings onde imperam criatividade e informalidade; fazem parcerias com outros empreendedores de todo o mundo; vivem e trocam experiências por meio de Skype, Hangouts ou Facebook. Em muitos casos, eles se autofinanciam tomando freelas, mantendo um segundo emprego ou pedindo a ajuda dos pais – e, apesar do sempre existente sonho de viverem das suas próprias ideias, acabam em grande parte crescendo – ou morrendo – sem nunca ter visto um potencial investidor.

E não é que não haja investidores disponíveis por aí – eles existem, e aos montes. Só que deixaram de ser absolutamente essenciais para a grande maioria dos empreendedores que, apesar de enxergá-los como uma espécie de sonho semi-utópico, acabam se focando nos desafios do dia-a-dia.

Quem mais perde com isso? Os próprios investidores, claro: afinal, os seus modelos de negócio dependem unicamente de fecharem acordos com projetos de alto potencial. Para que serviria uma bolsa de valores sem valores a serem trocados, sem compras e vendas ditando o cotidiano?

Não é que eles tenham se tornado inúteis, claro: empreendedores continuam precisando de modelos sólidos de receita e, em determinado ponto, de investimentos mais consistentes em suas ideias. Mas há uma mudança importante no cenário, uma mudança muito menos sutil do que se costuma imaginar: hoje, são os investidores que precisam saber chegar nos empreendedores certos e nos momentos perfeitos.

Hoje, eles precisam estar dispostos a desenvolver uma parceria com os seus investidos que vai muito além de entregar dinheiro e cobrar resultados: precisam saber e estar dispostos a construir juntos projetos mais robustos. Precisam aprender com a visão dos empreendedores e ensinar a língua dos financistas – que ainda existirão por muitos anos – para que seus horizontes sejam sempre mais amplos.

Ou seja: em um mundo em que os empreendedores conseguiram se auto-organizar em ambientes capazes de deixá-los ter sucesso quase organicamente com base em ferramentas e atitudes colaborativas, os investidores precisarão se mostrar muito mais relevantes do que apenas detentores sedentários de capital.

Precisarão, pela primeira vez em séculos, sair de seus ternos e trânsitos e ir até onde os donos reais das rédeas do futuro estiverem.

Ricardo Almeida

Artigo publicado originalmente aqui.

Sobre o Autor
Ricardo Almeida é criador do conceito de Webs Progressivas, da Metodologia Moebius e autor de Mirando Resultados (2001) e Medindo Resultados (2005). É especialista em planejamento e gestão de projetos digitais, com passagens por algumas das maiores agências do Brasil.

Brasil Empreendedorismo 2015

Estamos apoiando o Brasil Empreendedorismo 2015, maior evento online de empreendedorismo, gestão e inovação do Brasil #BEM2015, totalmente gratuito. Serão 50 grandes nomes em diversas áreas. Com o tema “Novas atitudes. Melhores resultados” o congresso de Empreendedorismo acontecerá durante 7 dias, entre 6 e 12 de abril de 2015.

O público poderá conferir as melhores dicas, técnicas, táticas e estratégias de assuntos como: Gestão de Pessoas, Comunicação Empresarial, Direito Empresarial, entre outros.

O congresso será 100% online com palestras, entrevistas e mesas redondas a todos os inscritos. A agenda com os dias e horários de cada palestra será disponibilizada em breve.

Milhares de brasileiros sonham em ter o seu próprio negócio e alcançar a independência. Porém, na maioria das vezes a falta de dinheiro e de preparo são os principais motivos que os impedem de abrir uma empresa. Para os que já são empreendedores a falta de capacitação em planejamento, gestão e marketing são os grandes desafios que impedem o crescimento dos seus negócios, principalmente entre jovens. De olho neste cenário, o Brasil Empreendedorismo estreia no mundo digital com uma proposta de trabalho moderna, ágil, criativa e inovadora, por meio de um congresso 100% online e gratuito. Durante 7 dias, empreendedores e profissionais dos mais variados segmentos terão a oportunidade de assistir a um conteúdo exclusivo, que vai reunir temas relevantes e soluções valiosas com o intuito de gerar resultados rápidos e eficazes em suas performances. Em um único evento, todas as ferramentas para potencializar as chances de sucesso de um negócio.

O #BEM2015 trará, durante uma semana, grandes nomes nacionais e internacionais que mostrarão novos caminhos e atitudes para quem quer mais ferramentas que potencializem as chances de sucesso de seu empreendimento. Inovação, planejamento, gestão, vendas e diversos outros temas essenciais para quem já empreende ou quem quer entrar nessa jornada, apresentados por quem entende, e muito, do assunto. Curta a nossa fanpage e inscreva-se no site para ficar antenado com a divulgação dos nomes dos palestrantes e da programação completa.

Site:
http://www.brasilempreendedorismo.com.br

Educação empreendedora ainda engatinha no Brasil

Apenas 3% dos adultos com formação superior tiveram acesso a algum tipo de educação empreendedora, segundo a última edição da pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

“A educação empreendedora engatinha no Brasil”, diz Juliano Seabra, diretor de Pesquisa e Educação da Endeavor. “Os estudantes são preparados para ser funcionários, e não donos do seu próprio negócio.” Segundo ele, a questão não está ligada apenas ao grau de desenvolvimento do país. “No Chile, 40% da população adulta teve acesso à educação empreendedora; na Argentina, 20%. É um problema localizado.”

Fonte: Revista PEGN

Depoimentos Acelera Startups Marabá

Gostei muito de avaliar a minha ideia sob todos os ângulos. O workshop despertou o meu sentido empreendedor e me encorajou a tomar decisões mais ousadas.
Silas Nascimento

Rápido, dinâmico e inspirador… Fez com que minhas ideias fossem dinamizadas. Leve e descontraído, me ajudou muito a avaliar nova possibilidade de negócio.
Anônimo

O workshop é uma ferramenta relevante para a construção empreendedora, mesmo sem dispor de recursos estruturais diversos, proporciona e atinge o máximo da qualidade no serviço prestado, sendo crucial a habilidade técnica do facilitador. Adorei o ambiente proporcionado sem perder o enfoque do conhecimento.
Raphaela Perdigão

Foi excelente! Adorei a experiência de aprofundar o conhecimento relacionado a visualização do meu projeto.
Camila Alves

O workshop veio em boa hora, consegui validar ideias e otimizar meu projeto!
Anônimo

Indico fortemente, metodologia simples e didática, parabéns!
Anônimo

Não esperava. O formato é bem diferente da educação tradicional e o resultado animador.
Anônimo

Depoimentos Workshop Belém

Confira os depoimentos do Workshop realizado em Belém no período de 18 a 21 de março de 2014.

“Foi um excelente investimento! Entendi melhor como linkar um cliente a determinado produto. Gostei das dinâmicas adotadas e senti todos muito a vontade como se fossem grandes amigos. Não só indico para amigos, como faria outro.”
Júlio dos Santos

“Gostaria de agradecer imensamente a paciência e a colaboração nesse importante momento da nossa ideia coletiva. Eu sempre olhei o empreendedorismo com uma carga de preconceito diante de uma suposta ‘selvageria necessária’, mas a postura do Facilitador me fez crer que fazer diferente, inovar, perpassa por uma esfera que vai muito além da material: alcança almas.”
Raynéia Machado

“O Workshop foi nota 10. Durante estes dias respirei empreendedorismo, aprendi técnicas, fiz network, criei um produto e recebi valiosos feedbacks. Gostei muito das atividades práticas!”
Carlos Clayton

“O Workshop possui uma excelente didática, de fácil entendimento. Nos impulsiona a alimentar nossas ideias e principalmente pô-las em prática. Já indiquei para vários amigos!”
Brenda Paes

“Eu posso falar com muito orgulho que fiz parte da 1a turma do ‪#‎AceleraStartups‬ e o que tenho a dizer: Claudio Brito é um excelente facilitador, empreendedor nato! Esse workshop foi essencial para poder introduzir no mundo das startups! ‪#‎Recomendo‬”
Ramon Rabello

“A metodologia do Workshop foi muito bem desenvolvida. Foi muito além do que eu esperava… O local foi bem escolhido e todos os participantes foram bem acolhidos. Existem muitas pessoas com boas ideias mas sem saber por onde começar. Indicaria para todos os alunos da graduação!”
Diego Freitas

“O workshop apresenta de forma clara e objetiva as principais ferramentas e técnicas do empreendedorismo inovador, indico!”
Kácio Barbosa

“O Workshop foi excelente! Foi além da base técnica e proveu a fomentação prática de ideias”
Paulo Rosa

“O Workshop me deu uma visão mais ampla, tirando o foco específico da minha área. Gostei muito de validar minha ideia e desenvolver clientes”
Caio Borsoi

“Mesmo sem uma ideia, minha visão foi ampliada e ficou claro como o segmento de startups está se configurando. Gostei da metodologia, bem focada e direcionada. O brainstorming de ideias e o pitch foram excelentes.”
Lorena Claudino

“Apesar de ter ficado angustiado com a busca pela inovação, gostei muito! O ponto alto foi verificar o risco de não inovar.”
Leonar Araújo

“Achei bem legal as abordagens do Canvas e do Mapa da Empatia. Tudo muito positivo!”
Aldrin Leal

“Gostei muito do Workshop! Principalmente sobre como organizar o meu dia a dia”
Karina Lubiana

Seja um facilitador Acelera Startups

O Acelera Startups é um Workshop voltado para a aceleração de startups baseado no Creative Commons o que permite o seu uso e modificação para fins comerciais ou não, apenas citando a fonte. Assim, você está livre para usá-lo da forma que bem entender.

Para utilizar seu conteúdo basta você realizar seu cadastro e aguardar as instruções de acesso. #participe #divulgue

Um mentor para sua startup

Um verdadeiro mentor nos ajuda a ser uma pessoa melhor e encontrar um sentido, não só nos negócios, mas também na vida.

Antes de mais nada, é importante clarificar exatamente o que é um mentor: é aquele que dá suporte e encorajamento para que a outra pessoa gerencie seu próprio aprendizado, maximize seu potencial, desenvolva seus skills, aprimore sua performance e se torne a melhor pessoa que ela possa vir a ser.

Em outras palavras, um verdadeiro mentor ajuda a pessoa a ser melhor e a encontrar um sentido para a sua vida. São pessoas que, direta ou indiretamente, nos passam visões, sonhos, ideais, princípios, valores, atitudes, conhecimentos e sabedoria.

Mentores são os nossos “gurus”. O termo “Guru” significa “professor” em sânscrito: aquele que dissipa a escuridão.

São os nossos heróis internos. Aqueles nos quais nos espelhamos, que se transformam nos nossos role-models e cujas expectativas (reais ou supostas) tentamos atender ao longo da nossa vida, mesmo que não estejam mais conosco.

Originalmente, o termo mentor veio do grego, e se referia à figura mítica de Mentor, amigo e conselheiro de Telêmaco, que o apoiava enquanto o pai estava ausente na guerra de Tróia. Desde então, mentor passou a ser sinônimo de alguém que compartilha sua sabedoria, experiência e conhecimento com colegas menos experientes.

Um mentor pode ser seu pai, um professor, um chefe, um colega, um avô, um poeta, um filósofo ou até um autor de um livro que inspirou você.

De uma forma ou de outra, todos nós tivemos mentores ao longo de nossa trajetória. Próximos ou distantes, reais ou idealizados, percebidos ou não.

Grandes líderes, em geral, tiveram grandes mentores.

Alguns exemplos: O mentor de Alexandre, o Grande, foi Aristóteles, o de Martin Luther King foi Gandhi, o de Jim Collins foi Peter Drucker, e assim por diante.

Como um mentor pode nos ajudar ainda mais?

Pode ajudá-lo a analisar implicações, consequências ou relações de causa e efeito nas situações mais críticas.

Pode desafiá-lo, enquanto compartilha, dá exemplos, guia, aconselha, dá suporte e auxilia no networking.

Pode identificar e discutir questões éticas.

Pode fazer com que você se sinta especial e que isto impacte positivamente na sua autoestima e na sua autoconfiança.

Pode discutir formas de fazer melhor as coisas certas.

Voltando à questão inicial, por que você deveria escolher um excelente mentor?

Simples… Porque pode mudar o seu destino.

Fonte: Endeavor by Sandra Betti é sócia-diretora da consultoria MBA Empresarial, especialista em Assessment Center, Identificação de Talentos, Desenvolvimento Gerencial e Team Building.

Educação empreendedora

O termo Educação Empreendedora data do século XVII e tem origem na economia, com Jean-Baptiste Say (1767 – 1832). Esse tipo de educação busca inspirar nos alunos a vontade de empreender. Para isso, busca desenvolver as qualidades e habilidades necessárias á um empreendedor, como a capacidade de enxergar oportunidades, a proatividade e a confiança. A Educação Empreendedora pode estar presente em várias etapas do ensino, desde a escola até a formação profissional, inclusive com cursos voltados exclusivamente para o assunto, como é o caso do Empretec, oferecido pelo SEBRAE.

Investir em uma educação empreendedora significa investir no futuro sócio econômico de um país. Tento em vista as dificuldades econômicas encontradas no Brasil, empreender pode ser a solução para aqueles que não conseguem um local no mercado de trabalho.

Educação Empreendedora x Administração

Muitas pessoas chegam a confundir o ensino do empreendedorismo com o ensino da administração. Administração, ou Gestão, é uma ciência que estuda as práticas administrativas, ou seja, as práticas utilizadas para gerenciar recursos (sendo eles financeiros, materiais ou até mesmo humanos). Essa gerencia tem como objetivo atingir metas pré-estabelecidas, como maximizar os lucros, o crescimento da organização em questão ou mesmo a satisfação de seus clientes. Aprender Administração/Gestão é aprender sobre esse conjunto de práticas e como utiliza-las em uma organização real, adaptando-as às necessidades da empresa, quando necessário.

Por outro lado, Empreender significa criar uma nova organização. Essa organização normalmente é responsável inserir no mercado algum produto inovador, mas isso não significa que todos os novos empreendimento apresentem inovação no produto ou serviço oferecido: é possível estabelecer uma organização mais tradicional.

A Educação Empreendedora consiste, como mencionado anteriormente, na busca pelo desenvolvimento de qualidades e habilidades necessárias à um empreendedor, à alguém que pretende ter seu próprio negócio. Segundo Bill Aulet, diretor do Centro Martin Trust para Empreendedorismo, vinculado ao Messassuchets Institute of Technology (MIT) nos Estados Unidos, escreve em seu livro, Disciplined Entrepreneurship, que a ementa de um curso de Educação Empreendedora deve desenvolver no aluno um conjunto diverso de habilidades através de experiências práticas, além de sugerir que ele deve focar menos no ‘como’ e se voltar para o ‘onde’.

Educação Empreendedora no Brasil

Existem vários exemplos de Educação Empreendedora Brasil à fora. Enquanto a maioria dessas iniciativas impacta principalmente uma única região, algumas, como o Movimento Acelera Startups, engloba quase todo o país.

Fonte: Wikipedia

Cruzando o Abismo

Investir em uma empresa que almeja introduzir um novo produto/serviço na vida de potenciais consumidores é uma incerteza formidável. Não se trata apenas do risco do produto ser aceito ou não pelo mercado, mas também da velocidade e intensidade com a qual isso poderá vir a acontecer. Essas variáveis definem a sobrevivência ou morte de uma startup, assim como a quantia de dinheiro necessária para o crescimento do negócio e o potencial retorno que este deve trazer para seus sócios.

É isso que o livro de Geoffrey Moore, Atravessando o Abismo (Crossing the Chasm), aborda. Aliás, leitura obrigatória (considerado uma bíblia no Vale do Silício) para qualquer profissional (empreendedor ou executivo) que almeja montar estratégias de marketing para produtos inovadores.

Escrito em 1999, porém mais atual hoje do que nunca, o livro segmenta o mercado em diferentes grupos de consumidores baseado nas suas características de adoção de novos produtos. Cada segmento deve ser atacado sequencialmente e ocupado como trincheiras. Após cada território conquistado, este deve ser usado como plataforma de ataque do próximo, com ajustes na estratégia e apoio dos formadores de opinião.

Em linhas gerais, o ciclo de adoção de uma inovação separa a população de consumidores em 5 grupos, de acordo com seu posicionamento frente às novas tecnologias:

Inovadores – são os “apaixonados” pelo novo, também conhecidos como os techies.Para eles a tecnologia é um fim em si mesmo, não se importam com bugs e normalmente dão muitos feedbacks.Representam o primeiro e mais fácil alvo de consumidores.

EarlyAdopters – Os visionários, aqueles que enxergam inovações como uma oportunidade para obter vantagem competitiva, tem alta propensão ao risco e estão dispostos a apostar no produto não comprovado. A conquista deste segmento normalmente representa o sucesso ou fracasso de um produto.

EarlyMajority (a primeira maioria) – São os pragmáticos, aqueles que aderem rapidamente quando os diferenciais de um novo produto são validados. Não colhem os mesmos frutos daqueles que se arriscaram antes, mas entendem que existe uma vantagem (ou obrigação) em adotar uma nova tecnologia. A conquista desta trincheira normalmente diferencia um produto de sucesso moderado de um blockbuster.

Atrasados – Os conservadores, aqueles que costumam ser sensíveis a preço e não conseguem compreender as vantagens trazidas pela nova tecnologia, gostam de adotar soluções que não lhes dão trabalho, integrem facilmente com seus negócios e não representem ameaças aos legados proprietários. Este mercado já representa a fase final do ciclo de vida e um produto, normalmente enfrentando novos concorrentes com soluções melhores mas menos estabelecidas.

Retardatários – São os céticos,não acreditam nas novas tecnologias e tendem a ser saudosistas (i.e. argumentam ferozmente na superioridade do vinil).
Segue abaixo a distribuição destes grupos dentre a população de consumidores. Interessante observar duas ”falhas”e um “abismo” (separando um seleto grupo de clientes de um mercado de volume) que sinalizam desafios importantes na evolução da adoção de uma tecnologia pelo mercado.

Vamos analisar primeiro as duas “falhas”. A primeira se dá pela diferença de motivos que os inovadores e os earlyadopters aderem às novas tecnologias: enquanto o primeiro grupo gosta de experimentar e tentar algo novo por que é interessante, legal e diferente; o segundo precisa ver um objetivo específico no uso da tecnologia. A segunda “falha” se dá na adoção da tecnologia pela primeira maioria e os atrasados. O segundo grupo normalmente não está disposto a se tornar tecnologicamente apto para absorver novos recursos, o que causa uma lacuna entre a adoção da maioria e aqueles mais conservadores, que só irão abraçar uma nova tecnologia quando for consideravelmente fácil fazê-lo, sem esforços de mudança ou a necessidade de novas habilidades.

Finalmente chegamos ao abismo, o grande desafio de crescimento para qualquer inovação. Como saltar de um pequeno grupo de entusiastas para a massa crítica do mercado, criar volume, e entrar para o seleto time de game changers? Como romper a barreira dos early adopters e fazer parte da massa?

Novamente, é importante entender a diferença de comportamentos entre os dois grupos de consumidores (early adopters e early majority):enquanto o primeiro é mais arrojado, antenado e entende que bugs e fracassos fazem parte do jogo, o segundo quer algo evolutivo, uma transição suave, quer aperfeiçoar produtos e processos e não tolera problemas.

A solução apontada por Geoffrey Moore em seu livro é uma estratégia “Dia-D”, inspirada na manhã de 6 de Junho de 1944, quando as tropas aliadas focaram todos seus esforços nas praias da Normandia, França, para conseguir romper as barreiras Nazistas. Esta estratégia para cruzar o abismo consiste em quatro macro-táticas

Mirar o ponto de ataque – aqui segmentação é a palavra-chave: foque todos seus esforços para se tornar um peixe grande em um lago pequeno. Para isso é necessário entender os consumidores, suas razões para comprar seu produto, definir um segmento onde há boas chances de vitória e que permitirá o avanço para novos segmentos;

Montar a força de invasão – uma vez definido o segmento, você precisa estar com um produto “matador”, que solucione os problemas desses clientes e ataque diretamente a razão pela qual eles comprariam seu produto. Foque em alianças e parcerias para fortalecer seu produto e procure quem pode abrir portas essenciais ao seu negócio (mapeie distribuidores, fabricantes de produtos complementares, etc.);

Definir a batalha – meça a competição e se posicione. Foque em ser o líder do segmento, seja claro em quem irá usar seu produto, para que e por que ele é melhor que a competição.

Lançar a invasão! – o foco agora é preço e distribuição, monte sua estratégia comercial e conquiste a praia! Digo, o segmento escolhido…

Tão importante quanto inovar é saber como levar sua inovação ao mercado. O cemitério está repleto de grandes inovações que não souberam evangelizar seus consumidores. Um erro frequente está em não entender o ciclo de adoção e ajustar a estratégia para isto. Espero que com este texto, baseado no mestre Geoffrey Moore, tenha auxiliado você, empreendedor, a criar uma estratégia vencedora rumo ao sucesso nesta guerra da inovação.

Fonte: SP Ventures

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