Martha Gabriel, escritora e palestrante conhecida internacionalmente bateu um papo com a gente para falar sobre o futuro da tecnologia, seu papel no marketing e a quebra de paradigmas que estamos vivendo, onde a informação dá lugar à inovação como o principal ativo nas empresas. Confira um resumo.
Estamos vivendo uma era de crescimento exponencial. Pesquisam afirmam que neste século teremos 20 mil anos de progresso. E esse crescimento criado um gap entre o desenvolvimento tecnológico e nosso cérebro.
No entanto saber usufruir desse desenvolvimento e utilizar corretamente as ferramentas digitais podem nos tornar mais rápidos, inteligentes e melhores.
Afinal, se com lápis e papel você consegue resolver vários graus de lógica, se comparado ao uso apenas do cérebro, com a tecnologia você atinge graus mais elevado do que aqueles atingidos usando o analógico.
Abraçar o digital e utilizar as tecnologias disponíveis é o único caminho hoje para não ficar para trás e ter alguma vantagem. As mudanças estão ocorrendo cada vez mais rápidas. É preciso que o ser humano se adapte para acompanhar estas mudanças também.
Esta é a palavra que define nossa era: velocidade. E não estamos preparados para ela. A velocidade trouxe um ritmo de transformação que faz com que aquilo que eu dominava ontem, hoje já não vale mais. Segundo o The Economist “Hoje o conhecimento duplica a cada 4 anos. Em 6 anos duplicará a cada 83 dias.”
Se tudo mudou de ontem para hoje, é preciso soluções novas para os problemas de hoje. Por isso vivemos a era da inovação e não mais da informação. Quando a informação era escassa, durava décadas. Tínhamos poder quando tínhamos informação.
Agora, em 24 horas informação está disponível e acessível para todos. A informação deixou de representar poder. O poder hoje, nesse ritmo vertiginoso de mudanças, está em conseguir conectar as informações para extrair valor e gerar resultados. E isso é inovação.
Outra característica desta nova era é o aumento da complexidade, quando o ambiente passa a depender de mais variáveis. Todos (pessoas ou lugares) estão conectados. O que afeta o outro, direta ou indiretamente, afeta você também no clássico efeito dominó.
E esse ambiente complexo requer agentes mais sofisticados, que tenham conhecimento de diversas áreas, uma visão multidisciplinar e que saibam se relacionar com as pessoas para, assim, alcançar bons resultados.
Por fim, outra mudança marcante dessa nova era é o “redesign” do clássico processo de organização piramidal, caminhando para um modelo desintermediador de processos. Hoje, por exemplo, você não precisa obrigatoriamente de uma agência para organizar sua viagem. Pode utilizar serviços online como o Booking ou TripAdvisor. Outros exemplos desse modelo disruptivo são Uber, EasyTaxi, 99 Taxis.
A nova configuração de organização se tornou uma ampulheta, com cada vez menos pessoas no meio, intermediando, mas sendo necessário ainda muitas pessoas no topo (sofisticadas, ganhando bem, construindo os sistemas e desenvolvendo aquilo que é necessário para que não se precise da intermediação), e muitas pessoas na parte inferior (o operacional, produzindo os bens de consumos mais básicos).
A evolução da tecnologia não deixará espaço para os intermediários. Se você não se atualizar para ser manter no topo, entendendo o que está acontecendo e utilizando a tecnologia, irá cair para a base. Este processo vai gerar cada vez mais o desemprego tecnológico.
Uma pesquisa mostra que 47% dos empregos vão ser substituídos nos próximos 10-20 anos. Quais empregos são estes? Aqueles que fazem “repetição”. Ou seja, tudo aquilo que pode ser substituto e realizado por meio de um computador.
Essa disrupção digital, que está mudando estruturas e modelos de negócios nas empresas, transformando trabalho e educação vai matar 40% das empresas. Porque? Principalmente por que somos acostumados a reagir ao que acontece no
cenário. Mas, no contexto em que vivemos precisamos nos antecipar. Um exemplo disso é a KODAK, que não teve velocidade suficiente para se antecipar ou acompanhar as mudanças.
“O maior perigo em tempos turbulentos, não é a turbulência, mas agir com a lógica do passado.” Peter Drucker.
Se quiser saber mais sobre tendências tecnológicas, tecnologias disruptivas e as transformações que estão acontencendo, confira o recado da Martha Gabriel para você.