As Chamadas Públicas são projetos de pesquisa e bolsas disponibilizadas pelo CNPq. No momento, 3 chamadas estão abertas para seleção.
As inscrições podem ser realizadas até Maio/16. Confira a lista:
CHAMADA Nº 03/2016 – AUXÍLIO À PROMOÇÃO DE EVENTOS CIENTÍFICOS, TECNOLÓGICOS E/OU DE INOVAÇÃO – ARC
A presente chamada pública tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. As propostas devem observar as condições específicas estabelecidas na parte II – Regulamento, anexo a esta chamada pública, que determina os requisitos relativos ao proponente, cronograma, recursos financeiros a serem aplicados nas propostas aprovadas, origem dos recursos, itens financiáveis, prazo para execução dos projetos, critérios de elegibilidade, critérios e parâmetros objetivos de julgamento e demais informações necessárias.
Bolsa de Pós-doutorado – Parceria CNPq/VALE/MITACS
Esta Chamada visa estabelecer e reforçar redes de P&D&I internacionais, por meio da concessão de bolsas de pós-doutorado no Canadá aos pesquisadores brasileiros que atuam em Engenharia de Minas e nas áreas correlatas identificadas no item I – Parceria CNPq – Vale – Mitacs. Esta oportunidade possibilitará ao candidato selecionado o desenvolvimento de suas competências em P&D&I, fluência cultural e o estabelecimento de redes profissionais.
CHAMADA MCTI/MAPA/CNPQ Nº02/2016 – IMPLEMENTAÇÃO E OU MANUTENÇÃO DE NÚCLEOS DE ESTUDO EM AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA EM INSTITUIÇÕES DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
Apoiar projetos que integrem atividades de extensão tecnológica, pesquisa científica e educação profissional para construção e socialização de conhecimentos e técnicas relacionados a Agroecologia e aos Sistemas Orgânicos de Produção, bem como sua promoção, por meio da implantação ou manutenção de Núcleos de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica – NEA¿s em instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, conforme definido pelo artigo 1.º da Lei 11.892/08.
O Google Brasil lançou ontem, 23 de fevereiro, a segunda edição do Desafio Google de Impacto Social, que distribuirá R$ 10 milhões para 10 ONGs (2 por região do país) com projetos que usem a tecnologia para enfrentar problemas sociais, em qualquer segmento.
“Qualquer tecnologia. Não há nenhuma obrigatoriedade de que sejam ferramentas ou produtos Google, muito menos tecnologias digitais”, explica Fábio Coelho, presidente da Google Brasil.
Quatro iniciativas – uma eleita pelo público por votação online e três escolhidas por um juri formado por Regina Casé, Marta (jogadora da seleção brasileira de futebol feminino e embaixadora da ONU), Chefe Almir Suruí (líder do povo indígena Suruí), Denis Mizne (CEO da Fundação Lemann), Adriane Varejão e Jacquelline Fuller (Diretora da Google.org) _ receberão R$ 1,5 milhão cada, além de assistência técnica e mentoria para tornar seus projetos realidade. Outros seis projetos finalistas receberão R$ 650 mil, cada. Os prêmios serão pagos pela Google.org, braço filantrópico do Google.
Criado em 2004, a Google.org destina 1% da receita do Google para filantropia. Anualmente, investe 1 bilhão de dólares em projetos que minimizem e combatam desastres naturais, apoiem iniciativas globais (como as realizadas recentemente em prol dos refugiados na Europa) e apoiem novas comunidades, como é o caso do Desafio Google de Impacto Social. Em 2014/2015 o Brasil foi o terceiro país a sediar o desafio, depois de Reino Unido e Índia, e distribuiu R$ 7 milhões.
A exemplo da primeira edição, qualquer organização não governamental ou sem fins-lucrativos legalmente constituída no Brasil e que tenha um projeto de impacto social necessitando de recursos financeiros para avançar em seus propósitos está convidada a se inscrever através do site g.co/desafiobrasil. Os critérios para inscrição também estão disponíveis no site.
Na fase de inscrição, que termina em 21 de março, a ONG terá que informar sobre o plano de implementação e o orçamento do projeto. O pagamento do prêmio será feito de uma vez, mas o Google irá acompanhar de perto a gestão dos recursos e o cronograma de implementação do projeto, que pode levar até três anos.
Uma equipe do Google analisará todas as inscrições elegíveis recebidas. Dez projetos finalistas serão anunciados no dia 23 de maio. A partir daí, os internautas brasileiros serão convidados a participarem de uma votação popular que elegerá um projeto. O resultado final será conhecido no dia 14 de junho.
“Este ano, o prazo para análise está um pouco mais curto, mas temos mais gente no Google focada nesta tarefa”, explica Flavia Simon, diretora de Marketing de Consumo do Google Brasil. A expectativa é a de que a empresa receba a inscrição de mais de mil projetos. “Em 2014 foram 750. Mais que volume, no entanto, esperamos ter projetos de qualidade, que realmente gerem impacto e que sejam escaláveis, facilmente replicáveis”, diz ela.
Os projetos finalistas da primeira edição continuam em desenvolvimento, gerando resultados. Vencedor na votação popular, o app móvel do Geledés Instituto da Mulher Negra, para apoiar mulheres vulneráveis à violência doméstica através de um botão de pânico e acesso a informações sobre legislação e uma rede de apoiadores treinados, já está em uso por duas voluntárias em Porto Alegre e começa a despertar o interesse de outras secretarias de segurança pública, no Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Já a ideia da máquina de gelo movida a energia solar, do Instituto Mamirauá, destinada a otimizar a estocagem de pescado em pequenas comunidades na Amazônia, se tornou realidade. Hoje quatro máquinas geram 750 Kg de gelo por dia.
A rede Minha Cidade, por sua vez, que conta com uma série de aplicativos para conectar cidadãos e governos municipais, e estava inicialmente limitada à cidade do Rio de Janeiro, começou a operar em São Paulo, Recife, Blumenau, Campinas, Garopaba e Ouro Preto.
“Nossa intenção é ter projetos que, de fato, contribuam para resolver problemas de todos os tipos: ambientais, educacionais, da área de saúde e muitos outros”, afirma Fábio Coelho.
Segundo Flavia Simon, a equipe do Google estuda também a possibilidade de dar visibilidade a outros projetos que, por vários motivos, “bateram na trave” durante o processo de curadoria do Google, para que outras empresas de interessem em apoiá-los. ” Em 2014 recebemos uns 100 projetos bem interessantes. Espero que vários deles voltem a se inscrever. E talvez possamos apoiar vários deles de outra forma”, explica a executiva.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) define a economia criativa como um conceito emergente que trata da interface entre criatividade, cultura, economia e tecnologia em um mundo dominado por imagens, sons, textos e símbolos.
Em um relatório emitido em 2008, o primeiro estudo em escala global sobre o tema, as indústrias criativas são caracterizadas por um modelo de negócio cujas atividades, produtos ou serviços são desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos para produzir valor e gerar riqueza.
Segundo especialistas, remete ao Reino Unido o surgimento da ideia de uma economia criativa, que precisava de esforço e políticas públicas diferentes das de outros setores.
É do autor britânico John Howkins o mérito de condensar todas as discussões que vinham surgindo naquele momento e explicar o termo ao mundo, através do bestseller The Creative Economy – How People Make Money From Ideias (no Brasil, Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro com Ideias Criativas), de 2001.
O Brasil tem um papel de destaque nesta economia. Segundo um estudo realizado pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) em 2012, o país está entre os maiores produtores de criatividade do mundo, superando Espanha, Itália e Holanda.
Confira alguns dados sobre a economia criativa:
– A Economia Criativa já representa 10% do PIB nacional
– Em 2011 movimentou no Comércio Mundial o total de R$ 624 bilhões
– Em 2013 representou 2,6% do PIB, um total de R$ 126 bilhões / remuneração média de R$ 5.400,00, enquanto a média em outros setores foi de R$ 2.100,00
– Em 10 anos, o PIB da Economia Criativa cresceu 70%. Representa um crescimento de 90% em postos de trabalho
– O Rio é o Estado que melhor paga o Criativo: média de R$ 8.700,00
– O Estado do Rio tem 107 mil profissionais atuantes na Economia Criativa